O que Deus espera de nós?

O que nos propõe essa semana, o padre Evandro Lima da Comunidade Canção Nova, é uma reflexão questionadora que devemos fazê-la a cada instante, em cada situação, sobre o que Deus quer, que falemos, como agirmos, como ser aquilo que Ele quer.

Boa leitura

“Caríssimos irmãos em Cristo Jesus, Graça e Paz!

Inicio o comentário da liturgia da Solenidade de Todos os Santos neste domingo afirmando que: O amor é a base para a santidade, porém, como podemos entender isso?

São João Paulo II nos diz que “Santo é um pecador que nunca desiste”. Ouso fazer um acréscimo na frase deste santo: Santo é um pecador que nunca desiste de amar.

Para fundamentar esta afirmação recorro ao auxilio de outro grande homem da Igreja, Santo Agostinho: “Ama e faz o que quiseres (…). Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos”.

Com base nisso podemos falar sobre santidade. Santidade diz de unidade, de presença, desejar fazer bem, de querer ter atitudes que levem ao seu crescimento como também ao do outro.

Para isso Deus é o nosso grande exemplo: “Sede santos, assim como o vosso Pai celeste é Santo (Mt 5,48). Em outra passagem da Sagrada Escritura o Evangelista São Lucas nos lembra: “Sede misericordiosos como também o vosso Pai é Misericordioso (Lc 6,36-38). É isso que Deus espera de cada um de nós.

A liturgia deste 31° domingo do tempo comum nos permite uma reflexão a respeito da santidade. Na primeira leitura (Ap 7,2-4.9-14) o evangelista João apresenta Jesus como o Salvador e cordeiro pascal “A salvação pertence ao nosso Deus, que esta sentado no trono, e ao Cordeiro” (v. 10). O número simbólico de 144.000 equivale a todos os membros da Igreja, lembra-nos que este povo nasce dos doze apóstolos de Cristo. Além disso, esta multidão imensa contempla todos os que venceram as provas, e ao permanecer com Cristo, recebem do Cordeiro de Deus a salvação e O adoram continuamente. Se agirmos assim, também nós, Igreja peregrina na terra, podemos saborear o cumprimento desta realidade divina em nossa vida. Isto é santidade de vida!

O salmo 23 nos faz coloca uma questão: “Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação?” Penso que a resposta desta questão é direcionada aos santos. Reflitamos: Será que a vida que eu estou levando hoje me coloca na condição dos que irão subir este monte e permanecer nesta santa habitação?

A segunda leitura (1Jo 3, 1-3) fala da paternidade de Deus. Nós somos os seus filhos, e mais se esperamos Nele somos purificados, pois Ele é puro. Irmãos Deus, nos que santos como Ele é santo. Ao nos aproximar e querer aprender tudo o que ele tem para nos ensinar seremos como Ele é. Um Pai quer sempre o melhor para os seus filhos e por isso Deus quer e espera a nossa santificação.

No Evangelho (Mt 5,1-12a), Jesus sobe ao monte na condição de Mestre para dar um ensinamento sobre a felicidade aos seus discípulos. A palavra bem-aventurado significa: muito feliz e nomeia aquele que tem a glória dos céus. Este Evangelho vem de encontro à necessidade de uma pessoa que quer saber como ser santo e ter uma verdadeira felicidade. Se absorvermos a liturgia de hoje com muita atenção e a colocarmos em prática seremos aquilo que Deus espera de Seus filhos.

Irmãos, só o Amor de Deus é capaz de encher o nosso coração e transformar o que é necessário para sermos o que Ele espera que sejamos.

A santificação não acontece por nossas forças, nosso conhecimento, ou porque merecemos. Deus nos chama a santidade e nos dá condições para isso porque ama a cada um de nós e age assim simplesmente por que não sabe fazer outra coisa que não seja amar. Fixemos o nosso olhar em Jesus que praticou de forma perfeita o que nos ensinou, para correspondermos, mesmo sem perfeição, o seu desejo de nos santificar.

Que este Amor (sinônimo da palavra misericórdia), enraizado em nós permita que lutemos – sem desistir – até alcançarmos a santidade ainda nesta vida, e assim, livres e felizes depois de vencermos as provas, conquistarmos Seu Reino e O adorarmos eternamente”.

Deus abençoe e bom domingo!

Padre Evandro Lima

Deixe seu comentários

Comentário