Reparar é amar

A reparação é um ato de amor a Deus!

Os pastorinhos a viveram, não como uma imposição, mas a viveram livremente para alegrar a Jesus e a Maria, a quem tanto amaram. Diante do incomensurável amor de Deus que experimentaram por meio do Anjo e de Maria Santíssima, eram impelidos a corresponder-Lhe com muita gratidão e ofertando a Ele a vida deles.
Na aparição de dia 13 de julho de 1917, em Fátima, Nossa Senhora prometeu aos pastorinhos que viria pedir a Comunhão Reparadora nos primeiros sábados: “Virei pedir a Comunhão Reparadora nos primeiros sábados” (Memórias da Ir. Lúcia, p. 77). Em 1925, Ela cumpriu a Sua promessa quando, com o Menino Jesus, Ela apareceu à Ir. Lúcia (no início de sua vida religiosa), em Pontevedra – Espanha, instituindo a Devoção Reparadora dos Cinco Primeiros Sábados.

Como surgiu a Devoção Reparadora?

Vejamos a origem dessa devoção narrada e experienciada pela própria Ir. Lúcia: “No dia 10 de dezembro de 1925, apareceu-lhe a Santíssima Virgem e, ao lado, suspenso em uma nuvem luminosa, um Menino. A Santíssima Virgem, pondo-lhe no ombro a mão e mostrando, ao mesmo tempo, um coração que tinha na outra mão, cercado de espinhos. Ao mesmo tempo, disse o Menino: – ‘Tem pena do Coração de tua Santíssima Mãe, que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam, sem haver quem faça um ato de reparação para os tirar’.

Em seguida, a Santíssima Virgem disse: – ‘Olha, minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que todos aqueles que, durante cinco meses, ao primeiro sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem quinze minutos de companhia, meditando nos quinze mistérios do Rosário, com o fim de Me desagravar, eu prometo assistir-lhes, na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas’” (Memórias da Ir. Lúcia, p. 192).

Nossa Senhora se revela à Irmã Lúcia

Assim, como na aparição de junho de 1917, Nossa Senhora mostrou novamente para a Ir. Lúcia o Seu Coração Imaculado “cercado de espinhos”, que simbolizam os nossos pecados. E é o Menino Jesus o primeiro a falar: “Tem pena do Coração de tua Santíssima Mãe, que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam, sem haver quem faça um ato de reparação para os tirar”. Diante desse apelo de Jesus devemos nos perguntar: quais os pecados enraizados em nossa alma, que como “espinhos se cravam” no Coração Imaculado de Maria? Depois de fazermos um bom exame de consciência, procuremos um sacerdote para fazermos uma boa confissão para que, dessa forma, os espinhos que cravamos no Imaculado Coração de Maria sejam retirados.

Ao colocarmos em prática os atos reparadores pedidos pela Santíssima Virgem, também, devemos pensar nos “pobres pecadores” que ainda não têm consciência da necessidade de reparar os seus próprios pecados para retirar os espinhos que cravam, constantemente, no Coração de tão amorosa Mãe. Ao dizer “tu ao menos”, a Virgem Maria quer nos mostrar que a reparação que Deus espera de cada um de nós deve ser assumida de forma particular em cada primeiro sábado.

Um pedido feito a todos os consagrados

A Virgem Maria nos pede somente quatro atos reparadores no primeiro sábado de cada mês e, quer que os vivamos com perseverança, de maneira simples e profunda. O seu pedido dirige-se a todos e, especialmente, aos seus filhos consagrados que atuam de forma ativa na comunidade eclesial: bispos, sacerdotes, religiosos, missionários; enfim, o “tu ao menos” se aplica a cada um de nós, de maneira única. A nossa Mãe querida nos ama individualmente; ela muito se alegra quando Lhe retribuímos com amor concreto, o amor que Ela tem por nós.

Por meio dessa espiritualidade, Nossa Senhora nos leva a crescer na fé e, a mesma amadurecida, nos leva à conversão que, certamente, é o ato reparador que mais Lhe agrada. É importante salientar que: agrada o Coração de Deus aquele que vive essa espiritualidade com a intenção amorosa de reparar o Imaculado Coração de Maria e, não quem pratica os atos reparadores interessado na promessa de salvação feita por Nossa Senhora aos seus devotos. O que Deus espera de nós é a gratuidade e a generosidade de coração e, certamente, a salvação será por Ele concedida. É assim que cada ato reparador deve ser vivido: no amor! É o amor que nos capacita a essa oferta generosa, para assim, consolar e reparar o Coração de Nosso Senhor ao reparar o Coração de Sua Santíssima Mãe.

Santuário do Pai das Misericórdias e a Devoção Reparadora

Essa Devoção Reparadora dos Cinco Primeiros Sábados é perene como o amor de Deus que nunca se esgota. Depois de concluir um ciclo de cinco primeiros sábados, podemos iniciar um novo ciclo, para que se concretize o que Nossa Senhora disse na aparição do dia 13 julho de 1917: “Deus quer estabelecer no mundo a devoção a Meu Imaculado Coração” (Memórias da Ir. Lúcia, p. 177).

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Portanto, o Santuário do Pai das Misericórdias, realiza essa Devoção Reparadora em cada primeiro sábado do mês. Tem início às 10h com o Santo Terço e, em seguida, uma catequese sobre a espiritualidade de Fátima e, depois, 15 minutos de meditação da Palavra e esse momento Mariano encerra-se com a Santa Missa, às 12h.
Neste mês de julho o primeiro sábado será no dia 7 e, ao vivenciarmos esse momento reparador como um ato de amor a Deus e ao próximo, nos tornaremos, cada vez mais, semelhantes a Jesus. Ele nos mostrou com a Sua vida que: reparar é amar.

Áurea Maria
Comunidade Canção Nova

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