FÉ VIVA, ATUANTE E OPERANTE!

De fato, expresso na minha vida aquilo que professo ao rezar o Credo?

Credo! Uma palavra comum que se tornou para muitos expressão de espanto… Para outros sinônimo de prece, aquela que rezamos sempre no começo do terço ou aos domingos e solenidades na Santa Missa. Mas você sabe o significado do que você reza?

Em primeiro lugar, vamos à etimologia da palavra, às suas origens. Credo vem da conjugação do verbo ‘crer’ na primeira pessoa no latim: Credo (eu creio). Daí já podemos inferir que professar o Credo é compromisso pessoal de declararmos as verdades que a Igreja, sabiamente, ao longo da história, foi compreendendo acerca da fé católica, ou seja, eu, livremente, assumo aqueles princípios como verdade e, assim, decido vivê-los.

 


O parágrafo 185 do Catecismo da Igreja Católica é claro ao ensinar que quem diz ‘Creio’ afirma: “
dou a minha adesão àquilo em que nós cremos […] a todos unindo na mesma confissão de fé”.

 

Mas o que é o Credo e como ele surgiu na história da Igreja? Grosso modo, podemos dizer que o Credo é um resumo da fé dos apóstolos de Jesus. Não obstante, é conhecido também por Símbolo dos apóstolos. É uma síntese de tudo aquilo que um cristão católico deve crer. 

O símbolo é formado por doze artigos, distribuídos em três partes: a primeira trata do Pai e da obra admirável da criação; a segunda, do Filho e do mistério da Redenção dos homens; e a terceira, do Espírito Santo, fonte e princípio da nossa santificação.

Muitos foram os símbolos de fé ao longo dos séculos, mas dois ocupam lugar especial na Igreja: o mais rezado no Brasil é o Símbolo dos Apóstolos, antigo símbolo batismal da Igreja de Roma, chamado assim por ser resumo fiel da fé dos Apóstolos; o outro é o símbolo Niceno-Constantinopolitano, versão mais longa do Credo, proveniente dos dois primeiros concílios ecumênicos da Igreja – Niceia, em 325, e Constantinopla, em 381 -, e rezado nas celebrações eucarísticas dependendo do que pede a liturgia, mas geralmente em ocasiões solenes.
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foto: cancaonova.com

Independente do símbolo que seja rezado, o Credo é o sinal de identificação de quem é católico. Ao ter sua vida examinada, o católico deve expressar aquilo que crê, afinal, como exorta São Tiago em sua epístola, a fé sem obras é morta” (Tiago 2,26). E aqui é importante ressaltar que não se tratam apenas de leis de um sistema normativo, mas de uma experiência viva do seguimento de Cristo e que, por isso mesmo, o símbolo precisa ser encarnado em nossas vidas. E não se trata de avaliar os outros, mas a si próprio, sendo claro consigo mesmo: “de fato, expresso na minha vida aquilo que professo ao rezar o Credo?”

Para chegar a esta configuração harmônica entre fé e vida um passo é elemento insubstituível: conhecer o conteúdo da nossa fé! Ir até as fontes daquilo que cremos, investindo tempo na formação pessoal, através, em primeiro e inegociável lugar, do Catecismo da Igreja Católica, e também de outros materiais de evangelização que contribuam na maturidade da nossa vida em Deus. Depois, pedir a Deus que o conhecimento racional da fé seja alimentado pela ação do Espírito Santo, pedindo ao Paráclito que o conteúdo aprendido se transforme em fé viva, atuante e operante no amor! Por último, ser promotor dessa catequese, nas realidades que você vive: na sua família, com seus amigos, no seu trabalho.

Por isso, não perca tempo! “Buscai o Senhor, já que ele se deixa encontrar” (Isaías 55, 6), porque o “justo viverá da fé” (Hebreus 10,38).

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George Lima Facundo
Comunidade Canção Nova

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