O abraço do Pai - Homilia do Monsenhor Jonas

O abraço do Pai - Homilia do Monsenhor Jonas

Monsenhor Jonas Abib em oração – Foto: Daniel Machado/cancaonova.com

“Naquele tempo, Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade. Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: ‘A Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!’ E, chamando os seus doze discípulos deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade. Enviou-os com as seguintes recomendações: ‘Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!”’ (Mt 9,35–10,1.6-8).

A palavra “templo” vem do greco e significa “um recorte do céu”. É como se Deus cortasse um pedaço do céu e o trouxesse para baixo, colocando-o na Terra. Ele quis pegar um recorte do céu – e um pedaço excelente, que é a Sua misericórdia –, trazê-lo para a Terra e colocá-lo no meio de nós. E aí está uma grande preciosidade! Felizes somos nós que aqui estamos, feliz você que veio para o Santuário do Pai das Misericórdias, e felizes são todos aqueles que foram atraídos pelo Senhor mesmo sem perceberem, como o filho pródigos. Felizes aqueles que cheguerem aqui cansados e esfalfados, com problemas, não tendo mais nenhuma outra esperança a não ser a misericórdia.

Quando Salomão completou a construção do templo de Jerusalém, foi magnífico, porque o Senhor se apresentou a Ele. Deus falou a Salomão, mostrou-lhe tudo aquilo que seria aquele templo. E a resposta de Salamão para o Senhor foi: “Que vossos olhos estejam dia e noite abertos sobre este templo, sobre este lugar, do qual dissestes: O meu nome residirá ali. Ouvi a oração que vosso servo vos faz neste lugar. Ouvi a súplica de vosso servo e de vosso povo de Israel, quando orarem neste lugar. Ouvi-os do alto de vossa morada no céu, ouvi-os e perdoai!”(1Rs 8,29).

Quando estávamos para dar um nome para este Santuário, vinha ao nosso coração uma igreja dedicada ao Pai. Era uma ousadia, uma inspiração! Por outro lado, também vinha ao nosso coração a palavra ‘misericórdia’. Então, unimos Pai + misericórdia e chegamos ao nome Pai das Misericórdias.

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Monsenhor Jonas durante a homilia na Missa no Santuário do Pai das Misericórdias – Foto: Daniel Machado/cancaonova.com

Muitas pessoas estranham a palavra “misericórdias” no plural. “Para os hebreus, não havia superlativo; então, para fazê-lo, usavam o plural. Por isso, “misericórdias” significa uma misericórdia imensa, sem medida, infinita. E é isso que o Pai é, o Deus de toda consolação, que nos conforta em todas as nossas tribulações”. Aqui é o lugar onde Deus quer que as pessoas venham buscar conforto para todas as tribulações. E quem de nós não têm tribulações? É por isso que precisamos buscar a misericórdia.

Quanta gente jogada no chão por causa da angústia! A Palavra de Deus vem nos mostrar isso. Esta é a Palavra mestra para o nosso Santuário. “Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade” (Mt 9, 35). Jesus teve contato corpo a corpo com o povo e viu a situação triste deles: “Jesus, vendo as multidões, compadeceu-se delas”.

É isso que o Senhor quer fazer neste Santuário, Ele quer ter um contato corpo a corpo com o seu povo, compadecer-se deles, porque estão cansados e abatidos como ovelha sem pastor. Ele quer restaurá-los. Por causa disso, Jesus disse na segunda parte do Evangelho: “A messe é grande, mas os operários são poucos”.

O Santuário será um local de formação de muitos evangelizadores, os quais serão responsáveis por uma evangelização concreta, que levarão o Evangelho e atenderão as pessoas. Eles serão como os braços do Pai já abraçando o filho que se atira no coração do Pai.

Umas das coisas que Deus disse a Salamão foi: “Se meu povo, sobre o qual foi invocado o meu nome, se humilhar, se procurar minha face para orar, se renunciar ao seu mau procedimento, escutarei do alto dos céus e sanarei sua terra” (II Cor 2,7). Esta não é uma promessa só para o povo de Jerusalém, mas para este tempo. É preciso humilhar-se, arrepender-se, ter o coração contrito.

No Santuário, na capela da reposição das partículas, nós teremos uma relíquia, que é uma gota do sangue de São João Paulo II. É como se ele nos dissesse: “Quem manda aqui sou eu. Eu cuido deste lugar”. O Senhor vai perdoar os nossos pecados e vai sanar as nossas feridas! É uma promessa de Deus.

Transcrição e adaptação: Jakeline Megda

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