Homilia de domingo, reflexão para semana

Quero lhe convidar nessa semana, iluminado (a) pela liturgia do domingo a pensar: “o Senhor me chama à conversão, onde preciso mudar ou melhorar?”

Padre Márcio do Prado

Padre Márcio do Prado

Querida família! Neste 3º domingo a liturgia da Igreja nos conduzia e nos conduz para o caminho de conversão. Na primeira leitura (Jn 3,1-5.10) o profeta Jonas que havia recebido uma segunda chance para falar ao povo do desgosto de Deus diante da conduta injusta que estavam levando. O profeta falou a respeito da destruição de Nínive e quando as coisas são sérias, quando a notícia é impactante a resposta é também imediata. Era preciso 3 dias para percorrer a cidade e assim avisá-la, mas Jonas, em apenas um dia, conseguiu fazer a mensagem de conversão chegar aos ninivitas. Toda cidade se arrependeu e mostrou essa mudança através das orações e jejuns. Este livro do profeta Jonas revela ainda a grande misericórdia divina. O povo havia pecado por desprezar os estrangeiros, por praticar tal injustiça mereceriam uma punição, mas Deus foi misericordioso com eles e não os puniu.

Quantas vezes somos injustos com nossos irmãos, quantas vezes praticamos o que desagrada a Deus e mesmo assim Ele nos acolhe e nos ama.

O chamado à conversão de Jonas para com os ninivitas está em conexão com o Evangelho (Mc 1,14-20). A Boa Notícia é também o chamado à conversão e o chamado dos primeiros discípulos. Primeiro e antes de tudo chamado à conversão: esse chamado é para todos sem exceções, conversão para aqueles que caminham com o Senhor há muito tempo, chamado à conversão para aqueles que hoje lêem essa reflexão. Sim, hoje é um novo dia, hoje o Senhor nos dá uma nova oportunidade, hoje Jesus nos chama à conversão. Mas que conversão é essa? Que mudança? Mudança do mau caminho, daquela conduta que destrói, que faz romper a comunhão com Deus e com os irmãos.

Quero lhe convidar nessa semana, iluminado (a) pela liturgia do domingo a pensar: “o Senhor me chama à conversão, onde preciso mudar ou melhorar?”
Como disse acima “conversão para todos”, religiosos, religiosas, clérigos, agentes de pastoral, para aqueles que não possuem nenhuma função e para aqueles (as) que não caminham com o Senhor. Todos somos chamados a acolher Jesus como Salvador, como Deus e assim imitá-lo e isso significa conversão, imitar Jesus é viver o amor, imitar Jesus é ser misericordioso, imitar Jesus é ser honesto, ser correto em tudo o que faz, isso é conversão.

Por fim, o Evangelho continua com o chamado dos primeiros discípulos e está aqui um detalhe importante: antes de chamar para o serviço de evangelização, Jesus chamou à conversão. Vamos procurar a conversão primeiro e depois vamos seguir o Senhor pois senão poderemos correr o risco de nos perder, querer apenas “trabalhar” para o Senhor sem conversão acaba dando um tom de interesse “vou servir para receber algo” e não deve ser assim, devemos seguir por amor, porque afinal Ele nos amou primeiro(1Jo 4,19).

O tempo está abreviado, dizia a 2ª leitura (1Cor 7,29-31), “Deus tem pressa” não sabemos o dia de amanhã, não temos o amanhã, a segunda vinda do Senhor está mais próxima do que antes, o tempo é breve, seja qual for o estágio da caminhada que estejamos (30, 15, 2 anos ou hoje), vamos refletir sobre a nossa conduta e buscar a conversão, busquemos com o auxílio do Espírito Santo, Jesus Cristo e a vida nova que Ele tem para nós. Amém.

Padre Márcio do Prado
Vice-reitor do Santuário

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