Padre Elenildo

Aborto: vidas roubadas

Abortar é matar alguém que não pode se defender. (Papa Francisco)

O crescente número de abortos realizados no mundo tem sido causa de discussões pessoais, culturais, religiosas e sociais. Devido ao elevado crescimento do aborto, pesquisadores do mundo todo têm se dedicado a averiguar tal situação, que na verdade é um grande problema, seja para a mãe que aborta,seja para a sociedade na qual a mesma está inserida. Do ponto de vista jurídico, o aborto provocado é lícito em muitos países. Mas isso não significa ser moral, portanto, jamais deve ser aceito. Para a Igreja Católica, o aborto provocado não só é ilícito, mas também uma ofensa a Deus, autor da vida.

” Abortar é tirar a vida de uma pessoa em fase inicial ou, ainda, matar uma pessoa indefesa.” | Foto ilustrativa: cancaonova.com

Mas em que consiste o aborto? Respondendo com palavras simples, abortar é tirar a vida de uma pessoa em fase inicial ou, ainda, matar uma pessoa indefesa. A seguir abordarei, de maneira clara, sobre o que é o aborto, como ele pode ser realizado, quais as consequências deixadas por ele, seja na mãe que aborta, seja na família, seja na sociedade como um todo. Por último, ainda neste capítulo, falarei sobre o que está por trás dessa cultura da morte, como dizia São João Paulo II. Em seguida, explanarei sobre o posicionamento da Igreja sobre esta problemática. Em conclusão, serão vistos três fatos que levarão à reflexão.

A partir de qual momento após a fecundação pode-se afirmar que é pessoa humana?

Não resta dúvida de que o caráter moral ou imoral do aborto tem como ponto de partida esta pergunta: o embrião humano é pessoa? Aparentemente a resposta é óbvia, mas ao aprofundá-la não é bem assim. A partir de uma análise fenomenológica do aborto, quando se trata do começo da vida humana, o aborto não é um assunto fácil de se estabelecer de forma irrefutável, pois o mesmo é cheio de questionamentos, em especial, agora com o avanço da ciência.

:: Leia aqui mais conteúdos sobre o aborto

Apesar de muitos questionamentos, muitos deles válidos, o Magistério da Igreja confirma que a pessoa humana existe desde o momento da concepção, isto é, quando existe um genótipo distinto dos pais. Esta afirmação tem como base a própria ciência, pois depois da fecundação existe um ser que não é o pai nem a mãe, mas um ser independente. Depois da fecundação, os pais não acrescentam nada ao embrião, já que o mesmo só tem a se desenvolver e se tornar uma pessoa adulta.

(Trecho do livro: “Ser humano: obra-prima das mãos de Deus”)

Padre Elenildo Pereira
Assessor pastoral da reitoria do Santuário do Pai das Misericórdias

Leia mais: 
:: O que a Igreja diz sobre o aborto?
:: Testemunho: “Nosso milagre ao Pai das Misericórdias”
:: Somos o corpo místico de Cristo

Deixe seu comentários

Comentário