5º Estação | Cireneu ajuda Jesus a carregar a cruz

“Passava por ali, voltando do campo, um certo Simão de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo, e o obrigaram a carregar a cruz.” (Mc 3,21)

Não somente o Evangelho de Marcos, mas também os Evangelhos de Lucas e Mateus são categóricos em afirmar que o Cireneu foi obrigado a carregar a cruz. A verdade é que, por ser a cruz, naquela época, um sinal de infame condenação, ninguém aceitaria carregar a cruz de outro. Somente o condenado deveria carregar a sua própria cruz até o local em que seria crucificado.

Foto: V Estação – JESUS RECEBE A AJUDA DE SIMÃO CIRENEU

Entretanto, como Jesus havia sido violentamente flagelado pelos soldados, seu corpo estava debilitado fisicamente, a ponto de não resistir aos açoites que o lançavam ao chão.

Temendo que não aguentasse aquela flagelação e não chegasse ao local da crucifixão, então decidiram obrigar o cireneu que passava por ali a ajudá-Lo.

A esse respeito, Orígenes, um dos maiores teólogos da Igreja dos primeiros séculos, disse: “Simão Cirineu não foi requisitado de maneira fortuita, mas segundo uma disposição de Deus… Não convinha só ao Salvador aceitar a sua cruz. Convém também a nós levá-la.”¹

Portanto, quis a providência divina que, daquele encontro com Jesus, nascesse a fé no coração do Cireneu, e ele se tornasse o primeiro cristão a tomar a cruz e a seguir Jesus. (Lc. 9,23).

Aprendamos com o Cirineu que, desde então, se tornou para nós sinônimo de caridade e solidariedade com o que sofre. Quando, num gesto de misericórdia, vamos ao encontro de alguém que sofre e o ajudamos, estamos sendo, na verdade, outro Cirineu, ajudando-o a carregar a sua cruz. Caminhemos firmes na fé. Na certeza de que não estamos só em nossas lutas diárias, principalmente quando a cruz pesa. Saiba que, em Jesus, temos um Cirineu que nos ajuda a carregar a nossa cruz.

Senhor Jesus, como carregastes na cruz o peso dos nossos pecados, ensina-nos a, por amor, abraçar a nossa cruz e também a ajudar os outros a carregá-la. Amém!