⛪ Igreja

O que são Dogmas?

Qual a importância para a Igreja?

Definitivamente, a palavra “dogma” vem recebendo, na época atual, uma conotação extremamente negativa. Quando se fala em dogma, logo se pensa em algo fechado, engessado, limitado; algo que foi definido para restringir o pensamento ou até mesmo como uma forma de controlar o comportamento. Outras vezes, a palavra dogma pode ser associada às coisas antigas, carcomidas pelo tempo, cuja serventia não é outra senão atrapalhar a evolução dos tempos modernos. Tudo isso não passa de grandes equívocos.

Preciso acreditar nos dogmas?

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

O termo “dogma” vem da língua grega e possui alguns significados, dentre os quais eu gostaria de citar apenas dois: “ensinamento” e “decisão”. Do ponto de vista da Doutrina Católica, o dogma é uma definição verdadeira feita acerca de algum ponto essencial para a fé. Não se trata de uma verdade inventada ou imaginada pela Igreja, mas revelada por Deus. É importante salientar que o dogma é uma afirmação eclesial (da igreja) e, enquanto tal é “symbolum”, quer dizer, sinal de reconhecimento da reta fé.

Afinal, o cristão precisa ou não precisa acreditar nos dogmas?

A esta pergunta, cabe o Catecismo da Igreja Católica responder: “o Magistério da Igreja faz pleno uso da autoridade que recebeu de Cristo quando define os dogmas, isto é, quando propõe, dum modo que obriga o povo cristão a uma adesão irrevogável de fé, verdades contidas na revelação divina ou quando propõe, de modo definitivo, verdades que tenham com elas um nexo necessário” (cf. CIC 88).

De uma maneira ainda mais direta, para o cristão católico, dogma é uma verdade absoluta, definitiva, infalível e inquestionável. Uma vez proclamado, o dogma não pode ser negado ou revogado, nem mesmo pelo Sumo Pontífice ou por algum Concílio. Aliás, de fato, isso nunca aconteceu na História da Igreja. Geralmente, os dogmas são proclamados para colocar um ponto final nas incessantes discussões teológicas a respeito de algum tema fundamental da fé e que exige adesão de todos os católicos.

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É importante ressaltar que a definição de um dogma não acontece de maneira rápida, equivocada, improvisada ou pouco pensada. Pelo contrário, a definição de um dogma requer um lento processo de amadurecimento no qual uma verdade contida no depósito da Revelação vai se tornando visível à hierarquia eclesiástica e, principalmente, ao povo de Deus. Portanto, como já fora mencionado, o dogma não é inventado, ou seja, a verdade que ele apresenta já existia. Com a definição do dogma, essa verdade se torna reconhecida e evidente a todos.

“Os dogmas são luzes no caminho da nossa fé: iluminam-no e tornam-no seguro”

Todos nós católicos somos convidados a enxergar os dogmas enquanto caridade feita a nosso favor pela Mãe Igreja. Eles são como estacas que delimitam o itinerário da nossa vida de fé e que nos dão segurança para seguir sem medo. Ainda segundo o Catecismo da Igreja Católica, “os dogmas são luzes no caminho da nossa fé: iluminam-no e tornam-no seguro” (cf. CIC 89). Sejam estacas ou luzes, eles nos mantêm seguros no caminho que nos leva ao céu.

 

Aqueles que colocam em descrédito os dogmas, já fez a opção por trilhar outros rumos. Não é possível se dizer católico e não acreditar em alguma determinação de fé da Igreja. Seria um enorme engano. Quem se diz católico está, impreterivelmente, afirmando que acredita em todos os dogmas revelados pela Igreja. Professar a fé em Deus na Igreja católica, portanto, pressupõe a adesão às suas determinações magisteriais e doutrinárias.

Deus abençoe e até a próxima!

Seminarista Gleidson de Souza Carvalho (Instagram: @cngleidson)
Missionário da Comunidade Canção Nova

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