Todos nós precisamos de cura interior

Cada um de nós necessita de cura interior até à hora da morte

Neste sábado, o Santuário do Pai das Misericórdias acolheu na Celebração Eucarística Dom Marcony Vinícius Ferreira, bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília.

Na véspera da festa de São Pedro e São Paulo, Monsenhor Jonas Abib – fundador e presidente da Comunidade Canção Nova – proferiu a homilia na Santa Missa de hoje, do Acampamento ‘Curados para amar’.

Comentando o Evangelho (Jo 21,15-19), Monsenhor Jonas Abib declarou: “Jesus está mais uma vez, acolhendo cada um de nós. Nós que não temos confiança no amor de Jesus. Hoje, nesta Missa, Ele está nos dando a mão, está olhando para nós como Ele olhou para Simão e está dizendo: ‘Confiança, Meu filho! Confiança, Minha filha! A sua falta de confiança no amor para comigo se cura com amor que Eu tenho para você. É o meu amor que cura você. E hoje, nesta tarde, hoje nessa Missa, eu quero curar de toda a qualquer desconfiança que você tenha no coração. Não se minimize. Sim, você é pequeno, você é pequeno mas eu amo você. O meu amor é infinto e eu quero encher o seu coração, Eu quero encher a sua vida deste amor Meu que é infinito. Acolha esse Meu amor. Receba esse Meu amor. Fique repleto, fique repleta desse amor que Eu tenho por você. Eu sei de toda a sua vida. Conheço tudo aquilo que você fez. Conheço. Tenho muito ainda para te amar para que você melhor ainda mais.’”

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Dom Marcony Vinícius Ferreira, bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília, acompanhado dos sacerdotes concelebrantes.

Todos, sem exceção, necessitam de cura interior

“Porque é que a Providência divina levou Paulo para a Arábia (cf. Gl 1,11-20). Levou Paulo porque Paulo precisava ser curado e fortemente de tudo aquilo que ele era e de tudo aquele que ele viveu. (…) Nós estamos mostrando a grande necessidade de cura interior e cada um de nós precisa, e precisa muito de cura interior.” Monsenhor Jonas insistiu para que se busque pessoas que orem pela cura interior, seja pessoas particulares, grupos de oração, etc.

Com a morte para a vida eterna, seremos totalmente curados

“Meu irmão, minha irmã, a minha cura interior, a sua cura interior, tire seu cavalinho da chuva, só vai terminar com a nossa morte. E é preciso que nós vivamos bem, cada vez melhor, cada vez melhor, cada vez melhor, cada vez mais, caprichando na nossa cura interior deixando-nos curar por Jesus, deixando-nos curar na Eucaristia, deixando-nos curar pela Palavra de Deus, na Bíblia, deixando que o amor dos irmãos em comunidade vá nos curando, o amor na comunidade nos cura, o amor dos irmãos, o amor na família, que às vezes, é duro, mas o amor na família nos cura. (…) E é preciso que a gente se deixe curar até à nossa morte. (…)
“Então, ressuscitaremos. Daí sim, a nosso cura interior perfeitíssima acontecerá porque daí para a frente estaremos para sempre com o Senhor. (…) Para sempre estaremos com o Senhor e a nossa cura interior terá o seu fim! Nós estaremos verdadeiramente curados. Eu verdadeiramente estarei curado.”

Amar é cura: amor concreto e verdadeiro

“Amar é cura! É, amar é cura! Eu sei que ser amado é cura. E é uma grande cura ser amado. Mas a mesma verdade é esta: que amar, você amar é cura. Quantas mais amplitude tiver o seu amor concreto …, quanto maior for a amplitude do seu amor concreto mais você vai ser curado. Amar cura. E digo mais: a cura requer amor.”

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Comentando o capítulo 13 da Primeira Carta aos Coríntios,  “a mais linda demostração do amor”, afirmou: “O amor é paciente. Veja, o amor se faz paciência. E paciência é amar. E ter paciência e aguentar firme com paciência é amar. O amor é paciente, ele é porque ele é. (…) O amor é paciente, sim, o amor que vem de Deus. O amor de Deus no nosso coração, o amor nos corações cada vez mais curados, sim, porque precisamos ser curados hoje mais do que ontem mas não tão curado como amanhã, porque amanhã eu seri mais curado do que hoje. Então, esse amor curado que se vai curando pouco a pouco, ele é paciente. O amor é bondoso. Não tem como definir bondade. Gente, precisamos ser bons! Eu preciso ser bom! Tu precisas ser bom! Ele precisa ser bom! Nós precisamos ser bons! Vós precisais ser bons! Eles precisam ser bons. Um mundo de bons e de boas é totalmente um mundo novo. E é esse mundo novo que nós buscamos, é esse mudo que Jesus quer, é esse mundo novo que o Espírito Santo está plasmando, é esse mundo que nós termos de construir aqui na terra o mais que podermos. Comece por você, comece pela sua casa, comece pela sua família, comece pelos seus. Seja bom, seja bom, seja bom, não seja nadinha, nadinha, nadinha mau. O amor é bondoso. Não tem inveja. E para que ter inveja? Destrói tudo! Se destrói a pessoa a quem se inveja, destrói muito mais ainda quem inveja. Quem inveja está se destruindo. No campo de cura interior é uma chaga. O amor não tem inveja. O amor não é orgulhoso. Ele só estraga. Nada de orgulho na nossa vida. De maneira alguma! Não é arrogante. E para quê ser arrogante, se todos vamos terminar no mesmo jeito. Pessoas arrogantes, pessoas orgulhosas estão em grande quantidade. Sabe onde? Nos cemitérios. E estão lá. Cadê o orgulho? Cadê a arrogância? Mas ao contrário: o amor retira todo a arrogância, o amor retira todo o orgulho. Esse é o sentido daquilo que São Paulo escreveu, porque o amor retira, anula, põe fim… Claro, se você tem um tanto de orgulho, se você ama o orgulho vai desaparecendo cada vez mais, vai-se anulando. Se você é uma pessoa arrogante, se você ama, o amor vai retirando cada vez mais o seu orgulho, a sua arrogância. O amor não busca os seus próprios interesses. E agora, vem, muito prático. Não se irrita. Nós diríamos: como não se irritar. Duas coisas: os problemas estão ai, as situações estão aí e a nossa fragilidade, o nosso humor, o nosso temperamento está aí. Mas aí é que está. Se a gente ama a irritação vai desaparecendo. O amor destrói a irritação. (…) O amor não guarda rancor. Aí entramos de cheio no nosso encontro de cura interior ‘Curados para amar’. Não guarda rancor. Claro, pode vir um rancor. Pode, infelizmente, pode. Mas se a gente ama, a gente não guarda. A gente busca um meio, mas não guarda, não fica guardando rancor, porque o rancor destrói o próprio rancoroso. Destrói. Ele é tóxico. O amor não se alegra com a injustiça. Não, não se alegra. A gente não fica satisfeito com as coisas injustas, de jeito nenhum. Se a gente ama é assim. O amor se rejubila com a verdade. (…) O amor tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”

O amor jamais acabará

“O amor não acabará jamais. Porquê?” Ele responde: “Quando a gente for ressuscitado, nós iremos de corpo e alma projetados no Reino do amor e ele não vai acabar jamais. Durante essa nova vida terrena aqui nós temos falhas no amor. E é uma pena que nós ainda teremos. Teremos falhas ainda no amor mas no fim de tudo, repito, quando o Senhor vier e nós formos arrebatados ao encontro do Senhor nos ares, Ele nos levará para o Reino do amor, onde está o Amor: o Pai, o Filho, o Espírito Santo, Deus que é amor. Nós seremos projetados em Deus Amor. Veja que maravilha: nós seremos projetados em Deus amor e essa será a nossa cura interior definitiva, para sempre. É para a eternidade! O amor não acabará jamais. (…) O amor não acabará jamais. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.”

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