“Rezar o Terço todos os dias para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra”
13 de maio de 1917: Lúcia, 10 anos; Francisco, 9 anos; e Jacinta, 7 anos, no lugarejo de Fátima em Portugal, saem para pastorear as suas ovelhas num local chamado Cova da Iria.
Era um dia calmo, céu azul e limpo de primavera, quando, de repente, os três pequenos vêem um clarão que lhes parece indicativo de que o tempo vai mudar, então, a chuva se aproxima com seus trovões. Os três decidem ser melhor juntar o rebanho e partir para casa quando, então, veem sobre uma pequena árvore uma Senhora, “vestida de branco, mais brilhante que o sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina”.
:: Que lições tirar desta quarentena?
Aquela Senhora lhes perguntou: “Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e, de súplica, pela conversão dos pecadores?” Lúcia, Francisco e Jacinta, com imensa pureza, responderam que “sim”, sem imaginar que a resposta, tal qual o Fiat da Virgem Maria ao Anjo Gabriel, teria consequências maravilhosas na história da humanidade.
Rezem o Terço
Ainda na Primeira Aparição, no dia 13 de Maio, a “Senhora do Céu” lhes faz um pedido: “Rezem o Terço todos os dias para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra”.
Naquele tempo, a Europa era assolada pelo flagelo da Primeira Guerra Mundial. Os pastorinhos, assim como milhões de pessoas, sofriam como todo outro europeu, por provavelmente conhecerem alguém, de sua cidade ou da sua família que precisou deixar tudo para ir lutar e sofrer os horrores da Guerra.
Ainda durante a Guerra, surge outro flagelo que assola a humanidade, a “Pneumónica” ou “Gripe Espanhola”, como ficou conhecida, que ceifou a vida de milhões de pessoas, inclusive as de Francisco e Jacinta Maro, em 1919 e 1920 respectivamente.
Podemos hoje, diante da situação que a humanidade vive, ler, mais uma vez, os acontecimentos de um século atrás em Fátima, e buscar naquilo que a “Senhora do Céu” pediu aos pastorinhos, um guia para a forma como devemos enfrentar as situações que nos são apresentadas agora.
Coronavírus
Vivemos uma Pandemia, e tal qual São Francisco e Jacinta Marto perderam a vida deles por causa de um vírus, a vida de milhares de pessoas encontra-se ameaçada pelo Covid-19 ou Coronavírus.
O Papa Francisco afirmou, em 2014, ao visitar um cemitério de soldados mortos na Primeira Guerra Mundial, que “Vivemos uma terceira guerra mundial combatida ‘em partes’, com crimes, massacres, destruições”, ou seja, é, de fato, diferente do mundo dos pastorinhos, aquele no qual vivemos hoje?
Estamos em Guerra, estamos doentes! E a Virgem Maria, que apareceu em Portugal para três crianças, nos pergunta mais uma vez: “Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e, de súplica, pela conversão dos pecadores?”.
Podemos agir como pessoas que não possuem fé, nos desesperarmos, entrar em pânico ou podemos agir como os três pastorinhos de Fátima, utilizar o tempo que a quarentena nos fornece para cumprir o pedido da Virgem Maria de “Rezar o Terço todos os dias para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra”.
Kaique Santos
Seminarista da Canção Nova