4ª Semana da Quaresma
Sb 2,1a.12-22; Sl 33; Jo 7,1-2.10.25-30
O livro da Sabedoria foi escrito por volta do século I a.C., e os estudiosos defendem que ele foi composto a partir da oração de Salomão, que pediu sabedoria ao Senhor para governar Israel. O contexto da época era de uma forte idolatria, os reis faziam estátuas de seus filhos, príncipes, para que fossem cultuados por todos.
Se por um lado havia a idolatria, o pecado; por outro lado, havia a santidade, a fé no único Deus. Aqueles que temiam a Deus e buscavam fazer Sua vontade eram perseguidos. Esse escrito é também uma profecia da vida de Jesus e de todos que buscam fazer Sua vontade.
O texto do livro da Sabedoria relata a perseguição que o justo sofre dos ímpios. O autor narra que o ímpio arma ciladas para o justo, não suporta que o justo se declare filho de Deus; o ímpio percebe que a vida do justo é muito diferente da dos outros, reprova que tenha Deus como Pai; o ímpio prova o justo com ofensas, torturas, testa sua paciência e o condena para fazê-lo pecar. Jesus não viveu tudo isso e muito mais?
No Evangelho de hoje, temos essa profecia que se cumpre. Jesus percorria a Galileia e foi para Jerusalém às escondidas, porque queriam O matar. Jesus tentou entrar sem ser notado, mas O reconheceram. Vários ficaram confusos, e diziam algumas palavras semelhantes a essas: “Ele está aqui?!”, “Será que Ele foi aceito pelas autoridades?”, “Mas Ele não é daqui? O Messias não vem daqui!”. Ouvindo isso, Jesus declarou que se eles tivessem a Deus mesmo, saberiam que Ele era o enviado do Pai. Então, queriam ainda mais O prender, mas o Senhor saiu dali, pois Sua hora ainda não havia chegado.
Padre Mário Prado
Vice-reitor do Santuário do Pai das Misericórdias