Fiéis escutam a palavra e rezam na tarde desse sábado durante a Festa no Santuário

Missionários Márcio Todeschini e Patrícia Coelho conduzem momento de animação no início da tarde / Foto: Larissy Costa
Os missionários Márcio Todeschini e Patrícia Coelho abriram o momento da tarde com cânticos. Os peregrinos que buscam viver a experiência do filho que volta para casa do Pai, foram conduzidos em oração. Na sequência, o sacerdote e missionário da Comunidade Canção Nova, padre Toninho, fez a primeira pregação dessa tarde que teve como tema: “Cumpriu-se o tempo, o verbo se fez carne.”
O sacerdote explicou que Cristo é o templo onde Deus habita e, ao se encarnar, tornou-se a habitação do eterno entre nós. O próprio Jesus referiu-se a si mesmo como templo, quando afirmou aos judeus que reconstruiria o templo em três dias (Jo 2, 19-21). “Mais do que olhar o templo, temos que ver que esse tempo representa o próprio Deus, o lugar onde Deus habita”, expressou padre Toninho.
Na sequência, ele abordou a Igreja como templo do Espírito Santo. Desta forma, cada cristão, enquanto membro da Igreja, também se torna templo do Espírito de Deus, que se faz presente em nosso meio. “Somos pedras vivas para construir o edifício espiritual. Portanto, a Igreja é o lugar da presença de Deus onde podemos encontrar o Senhor”, explicou.
Contudo, padre Toninho apontou que essas pedras vivas não são construídas de qualquer maneira. Citando algumas passagens da Sagrada Escritura, ele sinalizou que não podemos deteriorar o templo em que Deus habita; nossa tarefa diária, cujo início se dá no Batismo, é a construção espiritual, que se dá pela vivência da fé com coerência.

Padre Toninho ressaltou que cada fiel é uma pedra viva na construção da Igreja / Foto: Larissy Costa
Aproximar-se de Deus
Para isso, o sacerdote frisou a aproximação de Deus como necessária para a santificação. Convidando os fiéis a olharem para o mosaico presente no Santuário, refletiu sobre a passagem do filho pródigo:
“Muitas vezes a gente se afasta de Deus e se rebela porque alguma coisa não aconteceu como queria. Mas chega uma hora que a gente vê que é preciso voltar e que Deus não tem culpa daquilo que aconteceu em nossa vida, mas Ele permite para a nossa educação, para que sejamos formados e, de fato, pedras vivas na construção deste templo”.
Padre Toninho salientou que o Espírito Santo vem em auxílio dos homens para curá-los e fazer com que cresçam e amadureçam na fé. Desta forma, o santuário é um local de transformação, onde é possível reconhecer-se como um filho rebelde e perceber que o olhar de cada ser humano precisa se encontrar com o olhar do Pai.
Prosseguindo, o pregador indicou que, com a vinda de Cristo, o culto foi convidado a ultrapassar os templos materiais, tornando-se um culto em espírito e verdade a Deus. “Nós podemos viver essa dinâmica buscando, vivendo em nossa vida, este culto espiritual, de fazer com que a nossa vida não seja meia-boca, mas alicerçada em Deus”, manifestou.
“A gente não pode deixar nossa fé se abalar por qualquer coisa”, ressaltou padre Toninho, sublinhando que “se não estivermos firmes neste culto em espírito e verdade, não seremos templo vivo: estaremos deteriorados”. Cientes de que nosso lugar é o céu, é preciso desejar as coisas do Alto, frisou.
Por fim, o sacerdote falou sobre a unidade com Cristo, que se dá por meio do Batismo. Ele pontuou que Jesus destruiu o que dividia os homens e construiu um local de habitação junto ao Espírito. Para habitar neste lugar, porém, é preciso estar bem disposto, e neste contexto o pregador enfatizou a importância da alegria, dom que precisa ser pedido ao Espírito Santo.
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Comunicação Santuário do Pai das Misericórdias