Quando pensamos em martírio, logo vêm à mente imagens de santos que derramaram seu sangue por amor a Cristo, como São Pedro, Santa Cecília ou São Maximiliano Kolbe, mas o Catecismo da Igreja Católica nos ensina que “o martírio é o supremo testemunho prestado à verdade da fé” (CIC 2473), não se limita apenas à morte física. O martírio é, antes de tudo, a entrega total da vida a Deus, mesmo no cotidiano. Cada cristão é chamado a viver um “martírio branco”, oferecendo sacrifícios diários em nome do amor, da verdade e da fidelidade a Cristo.
Viver o martírio no dia a dia significa renunciar a si mesmo, combater o egoísmo e oferecer-se aos outros com generosidade. Como disse Santa Teresinha do Menino Jesus: “O martírio do coração é mais escondido, mas é o que Deus mais valoriza.” Isso se concretiza quando perdoamos uma ofensa, escolhemos o silêncio ao invés da crítica, acolhemos quem precisa de nós mesmo em meio ao cansaço, ou suportamos injustiças sem revidar. Essas atitudes são pequenos martírios vividos por amor, que configuram nossa alma ao Cristo crucificado.
Todos somos chamados ao martírio, ainda que não com sangue, mas com a vida. Como ensinava São João Paulo II, “não tenhais medo de ser santos!” A santidade exige Sangue, suor e lágrimas, exige sacrifícios e renúncias, quando aceitamos por amor, se torna fecundo. O cristão que assume sua cruz todos os dias (cf. Lc 9,23), torna-se testemunha viva do Evangelho no mundo. Uma luta diária onde é necessário recomeçar sempre e não cair no desânimo que leva a desistência. Podemos contar com a graça do alto, com a força do Espírito Santo que vem em nosso auxílio, basta clamarmos a sua presença Ele vem em nosso socorro. O Espírito Santo precisa ser nosso amigo, faça essa experiência de ter intimidade com Ele, como um amigo fiel, Ele te dará os dons necessários para luta de cada dia.
Viver esse martírio cotidiano é a mais bela resposta de amor a Deus, que nos convida a sermos santos na simplicidade das nossas renúncias diárias.