Ser catequista não significa apenas exercer uma função, mas viver uma identidade. Ser catequista é ministério, vocação e missão. É um modo de ser, de ensinar e orientar na fé cristã, preparando os fiéis — especialmente crianças e adolescentes — para o encontro com os sacramentos. Mas, não podemos esquecer que nós pais somos os primeiros chamados a essa missão de catequistas. Pais e padrinhos são os primeiros educadores na fé, responsáveis por despertar e nutrir essa chama nos corações de seus filhos e afilhados.
Dessa forma, o lar torna-se o espaço fundamental para o crescimento da fé, onde pais e padrinhos introduzem as crianças aos ensinamentos cristãos, ensinam a rezar e a viver os valores do Evangelho.
Ser catequista é despertar a amizade com Jesus. E o Papa Leão XIV tem incentivado a jamais subestimar essa vocação. “Com seu ensinamento e exemplo, vocês atraem crianças e jovens para a amizade com Jesus. Vocês são enviados pela Igreja para serem sinais vivos do amor de Deus: servidores humildes, repletos de zelo missionário”.
Nas palavras do Papa Francisco, a vocação e missão do catequista ressoam como um chamado profundo e vibrante, que vai muito além da simples transmissão de conteúdos. Ser catequista é ser um farol da fé, uma presença viva que toca corações, desperta almas e transforma vidas. É caminhar junto com aqueles que buscam, compartilhando não apenas ensinamentos, mas a luz do encontro pessoal com Cristo, convidando cada pessoa a seguir um caminho de esperança e amor.
Outro aspecto lembrado pelo Papa Francisco é que a catequese não pode ser tratada como uma lição escolar. Ela deve ser uma experiência viva da fé, uma paixão que o catequista deseja transmitir às novas gerações, e essa tem sido minha motivação pessoal em ser catequista aqui na Canção Nova.
É fundamental que o catequista não apenas ensine a doutrina, mas que crie encontros que tocam o coração dos catequizandos, acolhendo o primeiro anúncio e alimentando o entusiasmo para crescer na vida cristã. A missão do catequista é muito mais uma vocação, um serviço de amor e entrega, que envolve experiência espiritual, fidelidade e criatividade na transmissão do Evangelho.
Além disso, com a instituição formal do ministério do catequista em 2021 (Motu proprio Antiquum Ministerium), a Igreja reconhece esse chamado como um serviço ministerial, que envolve testemunho, oração, estudo e um compromisso profundo com a comunidade.
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O catequista é chamado a ser:
- Testemunha de uma vida nova, com base no amor de Jesus Cristo, que deve ser visível em sua vida cotidiana.
- Um mediador que ajuda os catequizandos a encontrar, conhecer e seguir Jesus, conduzindo-os num processo de iniciação à vida cristã que desperta a fé e fortalece a comunhão com Deus e a Igreja.
- Um animador da fé que usa meios criativos para mostrar a mensagem do Evangelho às pessoas, sempre em espírito de serviço e acompanhamento.
- Uma missão constante que nunca se cansa de anunciar a fé viva, fazendo o centro da catequese o encontro com cada pessoa.
Portanto, a vocação do catequista é um chamado ao serviço amoroso de educar na fé, formando pessoas que possam crescer na vida cristã sendo um novo sinal no mundo.