A nossa vida não acaba aqui. Diante da morte, podemos ter dois olhares: o olhar limitado do mundo e o olhar esperançoso de Deus. E você, como enxerga a morte? Pela ótica do mundo, a morte é uma tragédia.
O desespero nasce da ausência de fé, e o coração se afoga na dor da separação. Enterramos corpos, mas, junto deles, sepultamos também os sonhos e as lembranças. A morte, vista assim, é o fim — um ponto final. Mas, pela ótica de Deus — que é a ótica da esperança, daquela esperança que não decepciona (Rm 5,5), que é Cristo, a morte é apenas uma passagem. Todos nós faremos essa experiência um dia, porque somos criaturas imperfeitas, com saudades do Criador.
Na ótica de Deus, a vida é uma preparação para o Céu, para a eternidade. A primeira cura dos traumas da morte é falar da eternidade, pelo olhar da fé e da esperança. Sim, viveremos uma vida eterna, um dia que nunca termina, uma luz que nunca se apaga.
Que tristeza seria viver neste mundo e, depois da morte, simplesmente acabar e não existir mais!
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Na Oração Eucarística das Crianças, durante a Santa Missa, o padre reza palavras que ecoam como promessa: “No céu ninguém mais vai chorar, ninguém mais vai sofrer, ninguém mais vai ficar triste.” Que beleza! Deus nos prometeu a eternidade. Você acredita? Eu acredito!
Por isso, não devemos nos apegar a rostos nem a lugares. Tudo nos será tirado um dia aqui nesta terra, porque não somos deste mundo. Devemos viver esta passagem do Evangelho, como nos recorda: “Convertei-vos e crede no Evangelho.” (Mc 1,15)
Que possamos, a cada dia, repetir com São Filipe Neri — o santo da alegria: “Paraíso, paraíso… eu prefiro o paraíso.” Nossa alma tem fome e sede de Deus; somente n’Ele encontramos descanso e plenitude.
Concluo com a segunda parte da oração da Ave-Maria, que é, sem sabermos, uma preparação para esse último e mais belo encontro: Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.
Como dizia nosso saudoso Padre Jonas Abib , um ótimo céu para você um dia!
