O QUE NÃO PODE FALTAR?

A alegria do Natal

O verdadeiro Natal

O Natal, o verdadeiro Natal, tem um nome, aliás, tem o Nome, Jesus Cristo, “só isso” já deveria alegrar o nosso coração. Se geralmente nos alegramos em nossos aniversários, como não nos alegrarmos com o nascimento de nosso Salvador, Jesus.

Apesar deste ano estar sendo atípico, somos convidados, mais uma vez, a comemorar o Natal como de fato ele é. O Natal é Natal por causa do essencial, por causa de Cristo. O Natal não é feliz ou mais feliz pelos presentes, pelas festas, comidas, fogos… O Natal é feliz por causa do Menino mais especial do mundo, aliás do universo ou de qualquer outro nome que se queira dar.

O homem, infelizmente, desviou-se do plano original de Deus, quis ser Deus; depois, vieram as consequências da escolha errada, e o mal, a perda da graça, as trevas, a falta de esperança e a sentença de morte eram sentidos, pois Deus era o Santo, o Puro, o Poderoso e muito Justo. Era difícil, na mentalidade daquela época e para muitos hoje, agradar a Deus, era quase impossível.

Se o homem deturpou a imagem do Senhor como castigador, opressor e inalcançável, Deus mesmo se encarregou de revelar Sua bondade e misericórdia por meio da natureza, dos profetas, de tantos sinais magníficos e de situações simples. Porém, sabemos que, mesmo assim, o coração humano ainda estava fechado, endurecido; então, na plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho para salvar a humanidade.

Se a sentença de morte estava decretada, a notícia do livramento deveria ou não causar alegria?

Quantas pessoas internadas em hospitais aguardam alta? Quantos presos que cumpriram com suas penas aguardam a liberdade? Meus irmãos, alegria! A saúde e a liberdade nos foram e nos são concedidas com o nascimento do Menino Deus. O motivo de haver muita gente triste, doente, presa, sem esperança, sem rumo se dá porque ainda não encontrou a verdadeira alegria, não encontrou a Alegria, que é Deus.

 

Com o nascimento de Cristo, a “alta” nos foi dada; com o nascimento de Cristo, a liberdade nos foi concedida, e isso é motivo de muita alegria. O ex-doente e o ex-detento podem voltar ao convívio familiar, podem trabalhar e podem andar livremente. Só precisam cuidar bem da saúde e cuidar de obedecer às leis para não voltarem ao leito e à cela.

Da mesma forma, alegremo-nos pela saúde e pela liberdade espiritual que recebemos com a vinda de Jesus, mas tenhamos cuidado, pois facilmente podemos adoecer ou sermos presos espiritualmente.

Por fim, façamos festa, alegremo-nos com o Natal do Senhor, vivamos com mais intensidade e valorizemos o principal: Ele. Pode ser que faltem aglomerações, fogos, bebidas, comidas, “amigos secretos” – essas coisas são desnecessárias mesmo.

Só Ele não pode faltar, só Ele não deve faltar. A alegria precisa tomar conta de nós neste Natal, mesmo com tantas ausências. Ausência de barulho, ausência de brilhos… O primeiro Natal foi assim, a alegria não estava fora, a alegria estava dentro. Que na gruta do nosso coração, que na grupo de nossos pequenos grupos se faça silêncio para adorar e agradecer o Mistério da nossa salvação, afinal a alegria do Natal não está nas coisas, mas está no Menino simples que nos salvou.

Feliz Natal!

Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova

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