“A Sombra do Pai Celeste! É assim que desejo começar esta série com vocês! aqui no site paidasmisericordias.com, porque foi assim que os autores espirituais gostavam de se referir a São José.
O Evangelista São Mateus nos brinda com os acontecimentos da infância e da vida de Jesus. Na Genealogia de Jesus, vemos como está conservada a memória de um povo escolhido e amado por Deus. “Israel”, história essa carregada de promessas e esperanças.
O Anúncio do Anjo a São José, onde Mateus não evoca Maria, mas deixa claro a José que a maternidade de Maria é obra do Espírito Santo e que cabe a ele o ofício de ser pai do menino, de dar-lhe um nome e prover a Ele todo o necessário porque esse menino “salvará o seu povo de seus pecados”, tem um grande significado e nos mostra que São José é, realmente, o Pai do Filho de Deus não na carne, mas segundo a lei; não da Divindade de Jesus, mas de Sua humanidade, pois, como Deus, Ele assumiu nossa humanidade para nos redimir de nossos pecados.
São José é o Pai desta humanidade de Jesus , pois não deveria o Filho de Deus vir ao mundo sem um pai, porque toda paternidade é uma representação da paternidade augusta de Deus.
Assim, São José é o representante do Pai Celeste sob o prisma da autoridade, que é o primeiro atributo de um pai. Essa paternidade e autoridade de São José sobre o Filho de Deus se confirma nos atos de São José, ao dar o nome ao Filho de Deus conforme o Anjo lhe ordenara, papel este que era, segundo a tradição e lei judaica, conferido ao pai, ao levar e apresentar Jesus no Templo conforme prescrevia a lei:
“Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor”.
Essa também era a função do pai, e apenas nestes dois aspectos já vemos explícitos a autoridade e a paternidade de São José. Outro fato importante foi quando seus pais [José e Maria] O levaram a Jerusalém para a festa da Páscoa; ao retornarem, perceberam, em uma das paradas, que Jesus não estava em nenhum dos grupos. Então, seus pais saíram à procura do Menino, cheios de temor de terem perdido o Filho de Deus.
Após longa procura, encontram-no no Templo de Jerusalém, no meio dos doutores da lei, ouvindo-os e interrogando-os. Ao ouvir as palavras de Maria, não hesitou em descer com José e Maria a Nazaré prestando-lhes assim a sua submissão.
Deus não desejaria que o seu Filho Unigênito vivesse sem a Sua presença “Paterna” na terra , pois, sendo este um atributo da primeira pessoa da Santíssima Trindade, o Pai Celeste confere-o a São José e só a nosso santo Deus compartilhou em medida jamais feita.
Assim, o Pai Celeste quis se fazer presente por meio de São José
E vendo o coração deste varão temente ao Senhor, Deus não fez objeção a conferir a José todos os dons do seu Espírito para que o representasse na Terra com honradez diante de Jesus.
Impressionante que a direção da Sagrada Família é conferida a São José, pois Maria recebeu a visita do Anjo do Senhor para aderir ao plano de salvação da humanidade, mas a São José Deus comunica Suas ordens para a direção da Sagrada Família.
Tanto quanto Maria, o Salvador vê em José o representante visível, o depositário da autoridade do Pai Celeste. Daí o respeito, a obediência pontual e alegre, a perfeita submissão de que ele não cessa de dar provas, quer em criança, quer quando já adulto.
Em José reconhece Ele a sombra de Seu Pai no Céu.
Todos esses favores que Deus concedeu a São José são os méritos com que o nosso santo nos deseja envolver, todos os dias, por meio do Seu poderoso patrocínio. Não temamos nos confiar a São José, pois o próprio Deus confiou-lhe o seu Filho Unigênito.
A São José nos consagremos todos os dias, e busquemos imitar suas virtudes.
São José, valei-nos e rogai por nós.
Em março, aguardem!!!
Livro Práticas Devocionais a São José
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