Indulgência

Como fazer a confissão que o Papa liberou?

Diante dessa difícil situação do coronavírus, Papa Francisco recomendou às pessoas que não conseguem um sacerdote para se confessar, que façam um ato de arrependimento bem feito dos pecados diante de Deus, a fim de alcançarem o perdão. Cabe ao penitente confessar-se mais tarde com um sacerdote quando for possível.

O Papa disse: “Faz o que o diz Catecismo. É muito claro: se não encontras um sacerdote para confessar, fale com Deus, Ele é teu Pai” (cf. n.1484). Ele explicou, em uma homilia, na Missa em Santa Marta, como é possível fazer uma confissão espiritual quando a situação não permite encontrar um sacerdote.

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Ele disse: “Sei que muitos de vocês, na Páscoa, vão se confessar para se encontrarem com Deus. Mas muitos me diriam hoje: ‘Padre, onde posso encontrar um sacerdote, um confessor, por que não podemos sair de casa? Eu quero fazer as pazes com o Senhor, eu quero que Ele me abrace, que meu Pai me abrace… Como posso fazer se não encontro sacerdotes?’”.

Então, o Papa pediu que cada um faça, em casa, aquilo que diz o Catecismo, que é muito claro nesse ponto: “Se não encontras um sacerdote para confessar, fale com Deus, Ele é teu Pai, e diga a Ele a verdade: ‘Senhor, aprontei isso, isso, isso … Perdoa-me’. Peça perdão a Ele, de todo coração, com o ato de contrição’. Um ato de contrição bem feito, e nossa alma se tornará branca como a neve”.

“Faz o que o diz Catecismo. É muito claro: se não encontras um sacerdote para confessar, fale com Deus, Ele é teu Pai” (cf. n.1484)

“Em seguida, você deve prometer a Deus: ‘Depois, vou me confessar, mas me perdoe agora’. Imediatamente, voltarás à graça de Deus. Tu mesmo podes aproximar-te – como nos ensina o Catecismo – do perdão de Deus se não tens à mão um sacerdote. Mas pensem: é o momento! E este é o momento correto, o momento oportuno. Um ato de contrição bem feito, e assim nossa alma se tornará branca como a neve.”

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É importante notar que o Papa diz: “’Depois vou me confessar, mas me perdoe agora’. Então, é preciso se confessar mais tarde com um sacerdote. O mesmo vale para a confissão comunitária; é preciso confessar-se depois com um sacerdote quando for possível. O Catecismo diz que para a validade da confissão comunitária “os fiéis devem ter o propósito de confessar, individualmente, seus pecados graves no tempo devido” (n. 1483). O mesmo vale para o que disse o Papa no caso atual.

Em situação normal, sem epidemia e outros impedimentos, o catecismo lembra que: “A confissão individual e integral, seguida da absolvição, continua sendo o único modo ordinário pelo qual os fiéis se reconciliam com Deus e com a Igreja, salvo se uma impossibilidade física ou moral dispensar desta confissão.” Há razões profundas para isso. Cristo age em cada um dos sacramentos. Dirige-se pessoalmente a cada um dos pecadores: “Filho, os teus pecados estão perdoados” (Mc 2,5); ele é o médico que se debruça sobre cada um dos doentes que têm necessidade dele para curá-los; ele os soergue e reintegra na comunhão fraterna. A confissão pessoal é, pois, a forma mais significativa da reconciliação com Deus e com a Igreja”. (n.1484)

O Papa relembrou a volta do filho pródigo para mostrar que Deus está pronto a perdoar quem se arrepende. E citou ainda o profeta Isaías: “Se vossos pecados forem escarlates, se tornarão brancos como a neve”. “Ele é capaz de nos transformar, Ele é capaz de mudar o coração, mas precisamos dar o primeiro passo: voltar. Não é ir para Deus, não: é voltar para casa”.

O Papa fez uma de oração para a reconciliação com Deus e para a comunhão espiritual:
“Aos vossos pés, ó meu Jesus, prostro-me e ofereço-Vos o arrependimento do meu coração contrito, que mergulha no Vosso e na Vossa santa presença. Eu Vos adoro no sacramento do Vosso amor, desejo receber-Vos na pobre morada que meu coração Vos oferece. À espera da felicidade da comunhão sacramental, quero possuir-Vos em Espírito. Vinde a mim, ó meu Jesus, que eu venha a Vós. Que o Vosso amor possa inflamar todo o meu ser, para a vida e para a morte. Creio em Vós, espero em Vós. Eu Vos amo. Assim seja”.

Professor Felipe Aquino

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