Entramos num tempo muito significativo para nós católicos: Cristo ressuscitou.
Há uma mensagem singular neste mistério que nos envolve: a esperança. E neste ano que a Igreja vive o Jubileu da Esperança proposto pelo nosso querido e amado Papa Francisco, a virtude da esperança é algo fundamental para vivermos bem o período Pascal, pois o Catecismo da Igreja Católica nos garante que “a virtude da esperança corresponde ao anseio de felicidade colocado por Deus no coração do homem” (CIC 1818).
O Apóstolo Paulo, na carta aos Romanos, diz que “Abraão, esperando contra toda esperança, confiou nas promessas de Deus” (Rm 4,18). A esperança mantém a chama acesa em nosso coração desta verdade de fé: Cristo ressuscitou.
Paulo alerta a cada um de nós dizendo que “se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé” (1Cor 15,14). Na Carta aos Romanos, ele afirma: “a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5).
O apóstolo dos gentios deixa claro para cada um de nós, neste tempo pascal, que a esperança cristã, que tem seu alicerce e fundamento em Cristo, jamais decepciona, porque ela nos garante que Cristo ressuscitou.
O Evangelista Mateus é convicto ao afirmar: “Ele não está aqui, pois ressuscitou” (Mt 28,6). A Páscoa nos faz recordar que a esperança cristã não é ilusão, mas uma força que transforma, que nasce do encontro com o Ressuscitado.
Se Cristo venceu a morte, Ele também, em nossa vida, pode vencer os medos, feridas e dores que tocam a nossa natureza humana.
Papa Bento XVI, em sua Encíclica Spe Salvi (Salvos na esperança), afirma que a esperança cristã não é uma ideia abstrata ou um sentimento vago, mas é uma Pessoa viva: Jesus ressuscitado”.
O Pontífice continua sua reflexão sob a ótica de que “a ressurreição de Cristo é a prova de que a esperança não é ilusão, porque venceu o maior medo do ser humano: a morte”.
Bento XVI é tão lúcido em sua reflexão, que chega a afirmar que a esperança cristã não é só para o “depois da morte”. Ela transforma a forma como vivemos hoje.
Na homilia da Vigília Pascal de 2008, o Papa encoraja os fiéis a compreender que “o cristão sabe que a sua vida não termina no fracasso e no vazio, mas se abre à eternidade com Deus”.
Devemos caminhar sempre na certeza de que “na noite escura da fé, a esperança mostra-nos a luz da manhã” (Spe Salvi, 35).
Por fim, devemos viver o tempo pascal com entusiasmo e alegria, e assim poderemos dizer que a esperança não engana. Cristo ressuscitou! Aleluia! Há um sentido, há uma vitória, há um Amor maior, e Ele está vivo!