O relato da Transfiguração nos é apresentado por Lucas (9,28-36), Mateus (17,1-9) e Marcos (9.2-10), cada um com suas particularidades. De maneira que podemos olhar o jeito como cada um apresenta a Transfiguração como quem olha para filhos trigêmeos, parecem iguais, mas quando se olha bem encontram-se as diferenças. Cada um apresenta o relato com riqueza de detalhes.
Até que ponto percebemos os detalhes, os pequenos detalhes, em nossa vida espiritual e em nossa caminhada de fé?
Para dizer que Jesus foi tomado de uma luz incomparável, São Marcos diz que as vestes de Jesus ficaram tão brancas que nenhuma lavadeira poderia alvejar. Isso tudo pra dizer que foi um brilho sobre-humano, foi um brilho sobrenatural indizível. Também nós devemos aprender com a riqueza dos detalhes.
A luz da Transfiguração foi sobrenatural, mas ao mesmo tempo provisória, pois quando vier a luz da Ressurreição, esta sim será uma luz plena e definitiva. O brilho da Ressurreição é permanente, e é esse brilho que o Senhor tem reservado para nós.
Jesus revela sua identidade divina aos três discípulos e ouve do Pai sua missão. Quando estes mesmos discípulos olharem para Jesus em sua condição de servo sofredor, eles não poderão esquecer a experiência divina que presenciaram na Transfiguração. Na verdade, aprenderam que Jesus em Si é a mensagem que deve ser anunciada.
No evento da Transfiguração o tempo se reveste de eternidade. Jesus demonstra que Ele é a ponte entre uma realidade e outra. Pedro queria fazer parar o tempo construindo ali três tendas. Mas não foi possível. Porque a vida segue o ritmo, não pode parar: Pedro, desça do monte.
Leia também:
:: Transfiguração | Façamos a experiência com a Palavra de Deus
:: Festa da Transfiguração do Senhor
Este texto se enquadra nas chamadas teofanias. As grandes manifestações de Deus no Antigo Testamento. Aconteceu com Moisés, aconteceu com Elias. Um grande sinal da teofania, desta manifestação de Deus é a nuvem, a glória de Deus ali presente, a shekinah de Deus, a morada, onde Deus faz morada, aí permanece a sua glória, aí permanece a sua shekinah.
Sejamos nós mesmos a morada, sejamos nós mesmos, pela graça de Deus, teofania. Sejamos nós mesmos, pela graça de Deus, shekinah.