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Obedientes, santos e, por isso, misericordiosos

O Pai não nos chama para coisas pequenas, rasas, Ele nos quer santos

Dt 26,16-19; Sl 118; Mt 5,43-48;

Moisés foi o grande porta-voz de Deus, seu embaixador e “apenas” transmitiu o que recebeu d’Ele.

Qual era o mandamento do Senhor? Cumprir seus preceitos e decretos, guardá-los e observá-los com coração e alma.

Israel escolheu o Senhor e seus mandamentos, e também o Senhor escolheu a Israel para ser seu povo particular, um povo ilustre que vive a obediência a Ele.

“Guardar os mandamentos e observá-los com coração e alma.” | Foto ilustrativa: cancaonova.com

A observância dos preceitos e a escolha divina era acompanhada de uma promessa “te farei um povo superior(…), a fim de que sejas um povo santo do Senhor(…)”.

Para aquele povo, que se submeteria ao Senhor, havia uma promessa que, com o tempo, iria se cumprir. A consequência da observância dos mandamentos seria a santidade.

Hoje, somos o povo escolhido de Deus.  E nós O escolhemos como nosso?

Se já O escolhemos, será que já colhemos os frutos da obediência, que é a santidade?

O Pai não nos chama para coisas pequenas, rasas, Ele nos quer santos.

Mas só alcançaremos a santidade, primeiro, por misericórdia d’Ele; e, segundo, se nós nos empenharmos na vivência de seus mandamentos.

E de maneira especial, no Evangelho, Jesus nos chama para o amor ao próximo. No tempo do Senhor, havia um mandamento de amar o próximo e odiar o inimigo, mas essa não era uma inspiração divina, pois Deus não despreza ninguém, Deus como Pai somente ama.

O amor de Deus Pai é grande e verdadeiro e, por isso, para muitos o seu amor ainda é difícil de ser acolhido. Pois, o amor do Pai também exige mudança. Ele ama como somos, mas não ama os pecados que praticamos.

Ele ama a todos e deseja que nós O imitemos, amando os nossos inimigos e orando por aqueles que nos perseguem.

Na trajetória de vida de Jesus, notamos que Ele ensinou e viveu essa e outras palavras. Assim como Ele, somos chamados a nos comportarmos como filhos obedientes. Recebemos seu amor? Amemos. Recebemos seu perdão? Perdoemos.

Depois, Jesus alertava que, caso pagássemos o mal com o mal, em nada nos diferenciaríamos do mundo. O ódio ao outro “planta” mais ódio, enquanto o amor “planta” Deus.

A vivência do amor e dos mandamentos semeia Deus.

Que o Pai das Misericórdias nos ajude a sermos bons filhos, a sermos praticantes de sua Palavra, ou seja, sermos santos. E, por onde passarmos, sejamos Seu rosto, Sua voz, Sua presença, sejamos Seu amor e misericórdia.

Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova

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