Atualidade

Pandemia do Evangelho

A força do Evangelho

Como seria se o Evangelho se espalhasse nos dias atuais com a mesma força que se dissemina um vírus surgido numa cidade no interior da China? E se tivéssemos uma Pandemia do Evangelho?

Quando o Verbo se Encarnou e viveu sobre a Terra, escolheu um lugar que, aparentemente, encontrava-se na periferia do mundo, na Palestina, que ficava às bordas do Império Romano. Na plenitude dos tempos, como nos diz Gl 4,4: “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os súditos da lei e nós recebêssemos a condição de filhos de Deus”.

Foto: Joakim Leroy, iStock. by Getty Images

A plenitude dos tempos a que se refere São Paulo nada tem a ver com uma plenitude cronológica, não se trata do ápice da história humana, mas da plenitude do kairós, do tempo de Deus, entretanto, o Verbo encarna dentro do território do Império Romano, que vivia um tempo de consolidação política, econômica, sócio-cultural e possuía um sistema eficaz de estradas e rotas marítimas que facilitavam tanto a comunicação como o trânsito de um lugar para o outro.

Fatos históricos

Apesar da eficácia do sistema de transportes e comunicação romanos, demorava-se semanas e até mesmo meses para ir de Roma a Jerusalém, num trajeto que hoje se faz com apenas três horas de voo. Ainda que, com dificuldade, o Evangelho, a vida de Cristo, alastrou-se por todo o Império Romano em menos de quatrocentos anos, até ser proclamado a religião oficial do Império em 380 d.C. pelo imperador Teodósio I.

O mundo pós-moderno está totalmente interligado, a troca de informações e o trânsito de pessoas acontecem de forma ultra-acelerados. Constatamos isso ao perceber que um organismo microscópico identificado pela primeira vez em 01 de Dezembro de 2019, no interior da China, após quatro meses, já está presente em mais de 180 países, causando medo e preocupação no mundo inteiro.

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Tempo de Esperança

O que aconteceria se o Evangelho e o encontro pessoal com Cristo se disseminassem com velocidade semelhante a do Covid-19? O pânico daria lugar à esperança, o medo à confiança, a guerra daria lugar à paz, o ódio ao amor, a morte à vida. Como cristãos, católicos, seremos culpados diante de Deus, se não fizermos a nossa parte na propagação da fé, pois, o sacramento do batismo confere a nós, como dom, a fé que é uma virtude teologal. Para vivermos com fidelidade a fé, é necessário que a levemos aos outros, é essencial que façamos com que outras pessoas tenham a mesma experiência que tivemos, é obrigatório que contaminemos uns aos outros com o Evangelho.
Somos chamados pelo próprio Deus, que não precisa mas quer utilizar-se de nós, para promover nos outros o encontro pessoal com Cristo. Para tal, precisamos utilizar-nos de todos os meios que nos são oferecidos. Precisamos aproveitar-nos da velocidade com a qual se espalham mensagens, compartilham-se notícias, viajam pessoas, para fazer viajar também em ultravelocidade o Evangelho.

Os primeiros cristãos, que eram devorados pelas feras, que morriam perante os imperadores recusando a negar sua fé, que viajavam meses para levar o Evangelho, que eram crucificados tal qual o próprio Cristo, que diriam do esforço e empenho que você tem dedicado para propagar aquilo que você diz ter te contaminado: a palavra de Deus?

Kaique Santos
Seminarista da Canção Nova

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