Igreja

Sacramento da Unção dos Enfermos

Você já ouviu falar do Sacramento da Unção dos Enfermos?

Esse sacramento faz parte dos sacramentos da cura junto ao Sacramento da Penitência. Neste artigo, dando continuidade à série de artigos sobre os Sete Sacramentos, iremos aprender um pouco mais sobre o Sacramento da Unção dos Enfermos.

A doença, o sofrimento, as adversidades da vida sempre fizeram parte da realidade humana. Assim como a morte, a doença grave pode ser considerada uma situação limite do ser humano. E, nessas horas, o homem experimenta a sua impotência e, muitas vezes, reconhece a sua pequenez, precisando, assim, de auxílio. A Igreja, no seu papel de Mãe, nos recorda as inúmeras vezes em que Cristo realiza cura e vai ao encontro dos doentes: “Sua fama espalhou-se por toda a Síria, de modo que lhe traziam todos os que eram acometidos por doenças diversas e atormentados por enfermidades, bem como endemoniados, lunáticos e paralíticos. E ele os curava” (Mt 4,24). Assim, a Igreja na pessoa dos sacerdotes, indo ao encontros dos enfermos, administra o Sacramento da Unção dos Enfermos, desse modo, segue os mesmos de Jesus.

Sacramento da Unção dos Enfermos

Foto Ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Como o próprio nome já diz, esse sacramento é administrado para aquelas pessoas que estão acometidas de doenças, que são provados pela enfermidade, como ensina o Catecismo da Igreja Católica (cf. CIC § 1511). Em caso de doença grave, o enfermo pode receber esse sacramento, assim como, quem será submetido a uma cirurgia de alto risco, também os idosos cuja fragilidade se acentua (cf. CIC § 1515).

:: Quando este sacramento deve ser concedido?

O documento Lumem Gentium, que fala sobre a Igreja, apresenta o seguinte: “Pela sagrada Unção dos Enfermos e pela oração dos presbíteros, a Igreja toda entrega os doentes aos cuidados do Senhor sofredor e glorificado, para que os alivie e salve. Exorta os mesmos a que livremente se associem à paixão e à morte de Cristo e contribuam para o bem do povo de Deus” (LG 11). Aqui, nota-se a importância desse sacramento e que, muitas vezes, é negligenciado pelos cristãos. Esse sacramento tem como efeito um dom particular do Espírito Santo. O fiel, que recebe o sacramento, em sua alma, recebe o reconforto, a paz e a coragem para vencer as dificuldades próprias da enfermidade ou da velhice. Acontece, também, a graça da renovação da fé em Deus, vencendo a tentação do maligno, o desânimo e a angustia que estão ligadas a esse tempo de prova. (cf. CIC § 1520).

Um outro efeito é a união com a Paixão de Cristo. Com esse sacramento, o fiel, une-se intimamente à Paixão de Cristo, com isso, o sofrimento toma um novo sentido. O sofrimento passa a fazer parte da obra redentora de Cristo (cf. CIC § 1521). Como nos ensina São Paulo: “Agora, regozijo-me nos meus sofrimentos por vós, e completo o que falta às tribulações de Cristo em minha carne pelo seu Corpo, que é a Igreja” (Cl 1,24).

Comunhão com a Igreja

Mais um efeito é o de uma graça eclesial. Os enfermos que recebem esse sacramento, fazendo parte do Corpo místico de Cristo, que é a Igreja, em comunhão com os santos que intercedem pelo doente, contribui para a santificação da Igreja e para o bem de todos as pessoas que sofrem (cf. CIC § 1522).

E, por fim, um outro efeito é a da preparação para a última passagem. Quem tem mais direito a esse sacramento são as pessoas que estão próximas da morte. “Esta derradeira unção fortaleza o fim de nossa vida terrestre como que de um sólido baluarte para enfrentar as últimas lutas antes da entrada na casa do Pai” (CIC § 1523).

Com isso, termino com as sábias palavras de São Tiago, essas a Igreja utiliza para orientar o seu povo com relação ao esse sacramento: “Alguém dentre vós está doente? Mande chamar os presbíteros da Igreja para que orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o porá de pé; e se tiver cometido pecados, esses lhe serão perdoados” (Tg 5,14-15).  

Fábio Nunes 
Seminarista da Canção Nova

Fontes:
BÍBLIA. Português. Tradução da Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2002. 2206p.
CATECISMO da Igreja Católica. São Paulo: Loyola, 2000.

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