Chamados a ser peregrinos da esperança
Na obra “Os miseráveis”, do famoso escritor francês, Victor Hugo, há um pequeno trecho em que fala sobre um sacerdote que se deixou levar pela corrupção e pela ganância do dinheiro. E uma frase sobre essa atitude diz que ele tinha se tornado um homem que, escolhendo o bom caminho do sacerdócio optou tragicamente pelo caminho da condenação.
Esse personagem deste livro e sua atitude nos ajudam a pensar no momento que somos chamados a viver dentro da Igreja. No próximo ano viveremos um ano de graça singular em nossa fé. O ano jubilar. O Jubileu 2025, que tem como tema: Peregrinos da Esperança.
Chamados a viver um jubileu de esperança
Já estamos a caminho deste jubileu , já somos peregrinos. O Papa Francisco e toda a Igreja já tem nos colocado em uma perspectiva de preparação para viver este momento tão importante. Vale lembrar que o Jubileu é um ano de graça celebrado ordinariamente de 25 em 25 anos e é onde acontece um grande perdão dos pecados e penas. Há a abertura da Porta Santa pelo Papa, sucessor de São Pedro, por onde podemos passar e acessar a comunhão com Deus. Não é algo simplesmente simbólico, apesar de ter símbolos, mas é algo concreto, espiritual, salvífico.
E, sendo cristãos, também já temos a graça de estar em um bom caminho, assim como aquele padre. Mas também, assim como ele, temos de manifestar concretamente a nossa opção de percorrer o caminho que nos conduza à salvação ou nos desviar. Essa escolha é individual. Cada um de nós opta ou não por viver como peregrino da esperança, junto da Igreja, em comunhão com ela e com outros irmãos e, outros peregrinos da esperança.
Uma verdadeira esperança
Qual é a esperança a que somos chamados? A esperança de uma vida em união com Deus. Esperança de uma vida eterna e plena, mas também esperança de que já, aqui aqui neste mundo, é possível construir um mundo mais de acordo com o evangelho dele Nosso Senhor Jesus Cristo.
Essa é uma esperança verdadeira. O cristão é (ou deve ser) necessariamente esperançoso, otimista, confiante. Nos tempos atuais somos constantemente tentados a “condenar” este mundo como algo que não tem jeito, como tudo perdido. E não é assim. Há muita coisa boa que acontece e que pode acontecer. Há muitas pessoas que ainda buscam a vontade de Deus e que testemunham a esperança.
Ser peregrino da esperança é testemunhar a fé, testemunhar a misericórdia, a confiança em Deus, a fraternidade, a solidariedade.
Caminhemos com a Igreja
A Igreja nos ensinará que passos devemos dar, que atitudes concretas devemos ter para viver de verdade este jubileu. Entremos neste caminho e, com atenção e empenho, sigamos as direções da Igreja. Concretamente, queira saber, queira entender, celebrar, acompanhar. Se possível, queira ajudar em sua paróquia e diocese, para que este jubileu aconteça e inunde a Igreja e o mundo de esperança.
Um santo e abençoado jubileu da esperança pra você.
Deus abençoe.
Seu irmão,