“Não é fácil, mas por que temos medo?”
Cada vez que nos deparamos com nossa vida e nossa realidade, muitas vezes, podemos entrar em choque, especialmente, com aquilo que cremos e com o que fazemos em nossa vida cotidiana.
Outro dia eu conversava com uma pessoa que me dizia o quanto se sentia oprimida por estar em uma roda de amigos e se perceber quase que obrigada a fazer algo que não gostaria para que fosse aceita. Sua grande vontade era quebrar com tudo aqui, deixar de lado e assumir que não gostaria mais de estar ali e com aquelas pessoas. Nesse momento, eu disse a ela: “Você precisa ter coragem para libertar-se, mesmo que isso custe você estar com menos pessoas ou abandonar alguns grupos”.
Ela, num primeiro momento, não compreendeu e eu expliquei melhor: “muitas vezes você vai desagradar ao mundo, poderá até mesmo ficar sozinha, mas, ao defender aquilo que acredita você estará colaborando diretamente com sua saúde mental, sua sanidade”.
É muito difícil estar desconectado daquilo que acreditamos, deixar de lado quem somos para sermos aceitos. Assim foi a vida de Jesus Cristo: Ele não veio para agradar ou para estar em acordo com ideias com as quais não concordava. Para pregar a Verdade e a Vida, Ele deu-se por nós.
Muitas vezes, nossas entregas são infinitamente menores que as de Cristo, portanto, nos resta coragem de defender o que acreditamos, que passa, muitas vezes, por nos afastarmos de certos grupos, pessoas e conceitos. Não é fácil, mas por que temos medo de deixar isso?
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Quando digo sim para agradar, digo não para estas coisas que creio e defendo, e isso sim pode ser altamente adoecedor.
A riqueza do ser humano é a sua capacidade de ser dinâmico e que possui uma realidade: ele sente, ama, pensa, valoriza, estima, valoriza, julga, espera, se compromete. Sim, somos tudo isso, somos humanos e vivemos mudanças e adaptações diárias.
Felicidade, maturidade, verdadeiro amor: tudo isso vai se constituindo e consolidando em nossa vida, quando temos a coragem de dar esses passos que fui trazendo para você. É claro que você pode estar pensando: “isso não é fácil” . De fato, não é para mim nem para você; para algumas pessoas mais e para outras menos.
“Nenhum de nós deseja ser uma fraude ou viver uma mentira; nenhum de nós quer ser uma pessoa falsa ou fingida. Mas os medos que experimentamos e os riscos envolvidos numa autocomunicação honesta parecem-nos tão intensos que se torna quase uma ação reflexa e natural buscar refúgio em nossos papéis, máscaras e jogos” (Powell, J.).
Ao vivermos com nossas máscaras ou certas evitações, impedimos que a expressão de quem somos venha realmente à tona. Por isso, é tão importante percebermos quem somos, com nossa parte boa e ruim, com falhas e talentos, com conquistas e derrotas. Essa comunicação honesta de quem somos para com os outros é um dos preços que pagamos e, ao mesmo tempo, é uma forma que temos de experimentar encontros interpessoais verdadeiros, que nos levam ao crescimento e à plenitude da vida.
Pense nisTo: reflita um pouco mais sobre a riqueza de sua vida em todas as dimensões que ela possui.