Reitor do Santuário, padre João Gualberto, descreve como o Santuário do Pai das Misericórdias foi a culminância da história da Comunidade Canção Nova
As missionárias Salette Ferreira e Gisele Pires animaram a primeira parte do evento que foi marcado pela Adoração Eucarística. Padre Ricardo Rodolfo administrador do Santuário rezou junto com padre João Gualberto, levando os fiéis a restaurarem a imagem de filhos de Deus.
Comunidade Canção Nova é o Santuário da Misericórdia
A pregação da manhã foi ministrada pelo reitor do Santuário, Padre João Gualberto que refletiu sobre o tema: “Canção Nova, Santuário da Misericórdia”. O sacerdote explicou como o carisma da Comunidade Canção Nova se tornou um dom para a Igreja, e o significado do Santuário para a comunidade e para o povo de Deus.
Padre João iniciou explicando que o fazer memória não é saudosismo, mas é compreender que a nossa história tem um começo, um meio e um destino. Fazer memória é tornar atual a nossa própria história. A história da humanidade com Deus é a História da Salvação. Quando compreendemos a nossa história, isso dá fundamento a nossa origem e a nossa existência. Conhecer a própria história firma nosso interior e nos recorda qual o nosso fim último, consequentemente não andaremos perdidos, sem saber para onde devemos seguir.
Em seguida o sacerdote fez uma síntese das pregações que foram realizadas nesse final de semana e o caminho percorrido até aqui.
Relembre cada pregação:
:: O amor Divino na Criação e salvação do homem – Padre Ricardo Rodolfo
:: É tempo de voltar para a Casa do Pai exorta padre Bruno Costa
:: Somos pedras vivas na construção do templo de Deus, diz padre Toninho
Depois de percorrermos esse caminho de compreensão do Amor Misericordioso do Pai que vem ao encontro de todo homem, precisamos compreender a história desse Santuário dentro da Comunidade Canção Nova. Padre João questionou, “será que o Santuário do Pai das Misericórdias seria uma mera invenção da cabeça do padre Jonas Abib, fundador da Canção Nova?”
O reitor do Santuário explicou, a Comunidade Canção Nova e todo o trabalho desempenhado aqui junto do Santuário do Pai das Misericórdias não é uma idealização humana. Sabemos disse ao compreendermos a ação do Espírito Santo. Todo homem é Templo do Espírito Santo, “somos pedras vivas” e quando o homem se deixa guiar pelo Espírito Santo, realizamos o que o Espírito deseja. Logo, tudo o que vemos hoje é a concretização de um projeto Divino, o homem que trabalha com o Espírito Santo.
Não foi o padre Jonas Abib que calculou e pensou em tudo, mas foi ele que escutou e foi colhendo de Deus as inspirações para que hoje esse Santuário existisse. A Igreja naquela época estava vivendo uma revonação interior, um dos resultados foi o documento chamado Evangelii Nuntiandi, que aborda sobre a evangelização no mundo contemporâneo. Por outro lado, padre Jonas Abib tinha feito a experiência com o Espírito Santo dentro da Renovação Carismática Católica.
Padre Jonas já sacerdote tinha todo o conhecimento da Sagrada Escritura, porém agora ele fazia a experiência do batismo no Espírito Santo com o transbordar dos dons e carismas. A partir dessa experiência padre Jonas começou a rezar de uma forma nova, foi capaz de compreender a palavra de Deus de maneira nova. Essa experiência não ficou guardada, ele quis levar esse encontro pessoal com o Espírito Santo ao povo de Deus, começou com os jovens. Pouco a pouco as coisas foram se desdobrando, ele não imaginava tudo que viria a ser a Canção Nova e que um dia existiria o Santuário do Pai das Misericórdias.
“A Canção Nova é fruto do Espírito Santo. Não sabemos por quanto tempo ela existirá. Sabemos apenas que hoje ela é uma resposta para aqueles que querem conhecer Jesus e querem viver uma vida nova no Espírito.”
Padre João afirmou, “nós vivemos no hoje, nesse tempo a Canção Nova é o lugar onde levamos essa experiência com o Espírito Santo”. Padre Jonas Abib não inventou nada de novo, ele foi beber na fonte das Sagradas Escrituras, da Igreja. Então qual seria a novidade da Canção Nova? A novidade da Canção Nova é exatamente a abertura ao Espírito Santo.
O copo de água com mel
Durante a pregação, padre João deu como exemplo o copo de água com mel: Todo homem é como um copo cheio de água. Quando nós recebemos o sacramento do Batismo é como se o Espírito Santo fosse um mel derramado nesse copo. Porém esse mel muitas vezes fica parado na parte de baixo sem se mover. O que a abertura ao Espírito Santo provoca é como se alguém mechesse nesse mel e ativasse toda a sua potencialidade, espalhando esse doce sabor por toda a água. Assim é a vida de uma pessoa que se abre a ação do Espírito Santo, todo seu ser é transformado. Torna o homem verdadeiro cristão, engajado na paróquia, ativo na busca das virtudes e da vontade de Deus. Essa é a novidade do Espírito Santo.
Padre Jonas da Bíblia
Padre Jonas muitas teve seu sobrenome confundindo de Abib para Bíblia. Isso se originou exatamente do seu desejo de leitura da palavra. Ele se alimentava da palavra de Deus e buscou encarnar essa palavra. Encarnar a palavra é buscar viver o que ela propõe, foi exatamente isso que o fundador da Canção Nova ensinou e buscou viver durante sua existência. Essa busca de viver a palavra só foi possível com a experiência do Espírito Santo, essa é a novidade. Abrir-se ao Espírito Santo em qualquer idade, padre João exortou, “hoje é o dia de ser conduzido pelo Espírito Santo sem medo”.
Chamados a Santidade
O resultado da abertura ao Espírito Santo é sermos Santos. Ser santo não é ser imaculado, o significado da palavra santo é ser separado do pecado. Embora ainda pecadores, somos separados. Não somos mais do mundo e não agimos mais como o mundo. Não somos mais escravos, mas livres para buscar a Deus. Nenhuma perseguição pode impedir o cristianismo, pelo contrário, quanto maior a perseguição maior se torna a fé dos cristãos.
Ao longo da história, padre Jonas Abib fez um primeiro chamado aos jovens com quem ele fazia um trabalho de evangelização. Fez um convite para deixar tudo para seguir a Jesus e continuar a fazer o mesmo trabalho que ele fazia, evangelizar outros jovens. Fez um chamado a santidade, se separar do mundo para um seguimento radical com Deus. Foi dessa forma que nasceu a Comunidade Canção Nova, com alguns jovens de forma simples e humilde.
Educar é tirar o homem novo
Padre Jonas deixou o legado de que devemos educar o homem, tirar o homem novo para fora por meio do Espírito Santo. Ele formou misisonários para que essa graça acontecesse. Foi lendo os acontecimentos da história da Canção Nova que ele viu que tudo que foi criado por Deus nesse carisma era fruto da Misericórdia, por isso nós somos a Casa da Misericórdia. Depois veio, sem ele imaginar, o Santuário do Pai das Misericórdias. O que era para ser apenas uma Igreja, a própria diocese elevou a Santuário do Pai das Misericóridias, para educar cada um de nós dentro do coração Misericordioso do Pai.
Esses quadradinhos dourados desse Santuário representam cada um de nós. Somos nós as pedras vivas desse Santuário. A Casa do Pai é estável e aqui temos toda essa simbologia no caminho escuro do pecado até chegar ao abraço do Pai com o filho. Quantas vezes deixamos tudo e esquecemos de toda riqueza da qual pertencemos. Na Casa do Pai até os empregados tem tudo que precisam, quanto mais os filhos irão compartilhar de todas suas riquezas.
A Festa do Pai das Misericórdias é uma celebração de todo o corpo da Comunidade Canção Nova, porque o Santuário é a culminância de todo um trabalho apostólico ao longo dos anos.
Após o intervalo, a missa do meia dia tem a presença do administrador do Santuário, padre Bruno Costa.
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Comunicação Santuário do Pai das Misericórdias