Meditação do Terço Mariano e celebração da Santa Missa marcam a abertura da Festa do Pai das Misericórdias
O Santuário do Pai das Misericórdias celebra sua festa na solenidade da Santíssima Trindade nesse próximo domingo. Hoje a Festa do Pai iniciou com a oração do rosário, conduzido pela missionária Priscila Paes e com a presença do reitor do Santuário Padre João Gualberto. Por meio dessa oração os fiéis vivem a experiência do diálogo simples e profundo com Deus Pai, conduzido pelas mãos de Nossa Senhora, mãe de Deus.
Filha do Pai das Misericórdias
Patrícia Coelho, ministra de música e missionária desde 2007 na Comunidade Canção Nova, além de estar animando o encontro, partilhou sua experiência pessoal com o Pai das Misericórdias.
“Eu tive a graça de participar da primeira missa no local onde seria construído nosso Santuário. Participei dessa missa e comunguei da expectativa que todos nós tínhamos da construção do santuário. Uma das experiências mais fortes que eu vivi foi em 2014, quando o Santuário já estava praticamente terminado. Nós estávamos participando da santa missa. Ao entrar no Santuário senti muito forte a presença da paternidade de Deus, uma paternidade que foi me reconstruindo diante da minha história de separação dos meus pais. Paternidade de Deus presente no Santuário do Pai das Misericórdias. Em vários momentos da minha vida enquanto estive no Santuário, foram para mim fonte de cura interior.
No Santuário do Pai das Misericórdias vivi várias experiências de composição, fiz algumas músicas. Uma delas eu gravei no último ep ‘Como é grande ó Pai a Vossa Misericórdia’, momento de intercessão e também de contemplação do mosaico do Pai das misericórdias. Outras músicas também que ainda não foram lançadas, nasceram ali dentro do Santuário.
Eu me sinto sempre aquela filha que corre todos os dias na santa missa, todos os dias eu estou ali no Santuário do Pai das Misericórdias. Seja participando da santa missa, seja servindo no ministério de música, correr para os braços desse Pai que me abraça, que me ama, que me cura e que me devolve todos os dias a dignidade de filha. É uma alegria participar dessa Festa do Pai das Misericórdias. Eu costumo dizer que não tem como dizer não para O Pai, sempre estou à disposição da Festa do Pai das Misericórdias com coração agradecido.”
Padre Ricardo Rodolfo enfatizou experiência com a misericórdia de Deus e acolhimento em sua homilia / Foto: Fabiel Girardi
Em seguida, o vice-reitor do Santuário do Pai das Misericórdias, padre Ricardo Rodolfo, celebrou a Santa Missa. Em sua homilia, recordou o fundador da Canção Nova, Padre Jonas Abib, e a missão recebida de preparar um povo bem disposto para a segunda vinda, gloriosa e definitiva, do Senhor. Contudo, para isso, antes Deus fala: “estamos no tempo da misericórdia”.
O sacerdote explicou que este tempo é necessário para que todos tenham a oportunidade de se converter e mudar de vida, indo ao encontro do Pai. “É preciso que nos encontremos primeiramente com a Sua misericórdia para que possamos deixar o pecado”, afirmou, sublinhando que “ninguém deixa o pecado sem antes fazer a experiência com a misericórdia de Deus”
Diante disso, padre Ricardo Rodolfo citou que o Santuário foi criado por Deus enquanto local de encontro com a misericórdia do Pai e experiência de uma vida nova. “O povo tem sede de mudança de vida, de viver uma conversão verdadeira, mas muitas vezes não tem para onde ir”, pontuou.
Na sequência, o vice-reitor do Santuário do Pai das Misericórdias citou o Papa Leão XIV, que afirmou que Deus não se envergonha da nossa humanidade. “O Senhor conhece o seu coração, sabe que você pode negá-lo, que pode ser como o filho pródigo e largar tudo, gastar tudo e viver uma vida desenfreada, mas que um dia você vai voltar. Ele não se envergonha da nossa humanidade e nunca vai desistir de você”, declarou.
Qual é o papel que devemos ter quando nos encontramos com a misericórdia de Deus? Ser misericordiosos também!
– Padre Ricardo Rodolfo
Após partilhar brevemente o seu testemunho, padre Ricardo Rodolfo frisou que os padres não devem ser julgadores, mas acolher todos, especialmente no sacramento da confissão. “Deus não está longe de nós: Ele desce do céu para se aproximar de nós e tocar a nossa humanidade”, salientou.
O sacerdote citou ainda o testemunho de Santo Antônio, celebrado pela Igreja neste dia 13 de junho, que ficou conhecido como “Martelo dos Hereges”. Contudo, a pregação do franciscano não se dava com arrogância e tom de superioridade, mas corrigia com sabedoria, doçura e verdade.
“É preciso corrigir com caridade”, ressaltou padre Ricardo Rodolfo, indicando ainda que “as palavras de Santo Antônio moviam o coração daqueles que estavam longe de Deus e se aproximavam do Senhor”.
Por fim, enfatizando o papel que cada cristão tem de acolher o próximo, o vice-reitor do Santuário do Pai das Misericórdias afirmou que “o mundo será melhor se os cristãos amarem mais”, ressaltando a importância do testemunho. “Eu preciso ser o rosto do acolhimento de Deus”, finalizou, conduzindo ainda um momento de oração junto aos fiéis diante do mosaico que ilustra o encontro do filho pródigo com o pai misericordioso.
Padre Ricardo Rodolfo conduz momento de oração ao final da homilia / Foto: Fabiel Girardi
Confira a programação da Festa do Pai das Misericórdias e venha participar!
