Expectativa

Rafael Vitto | Origem famliar e Milagre do nascimento

Especial Tudo Deixei por Ti 
Ordenação 2024

Parte 1

O Especial Ordenação 2024 tem como objetivo contar a história dos quatros missionários e futuros sacerdotes da Comunidade Canção Nova

No próximo dia 8 de dezembro, José Márcio Junior, Valdeir Bento, José Dimas da Silva e Rafael Vitto serão ordenados diáconos provisórios e, futuramente, ordenados sacerdotes. Neste mês de novembro, vamos conhecer a trajetória e história que levou a vida desses jovens a uma escolha definitiva e entrega total a Cristo por meio do Sacramento do Sacerdócio. 

:: Vocacional Canção Nova

Especial Ordenação Diaconal 2024 - Rafael Vitto - Parte 1

Nesta semana, vamos conhecer o jovem cuiabano, alegre e simples, Rafael Vitto. O segundo filho, após 10 anos de espera, foi um milagre que os pais contemplaram como manifestação do amor de Deus. Desde o seu nascimento, Rafael era sinal do poder de Deus. Na infância, sentia um desejo de seguir o sacerdócio, mas, com o decorrer do tempo, vieram as dúvidas e o afastamento da Igreja. Interiormente, a dúvida de como ele poderia ser padre sem conhecer o mundo foi o que mudou a rota do seu caminho. Mais tarde, o sacramento da confissão fez com que Rafael trombasse novamente com Jesus. Consequentemente, veio a busca em saber qual era a vontade de Deus para sua vida. Rafael traz a marca da cura, milagre que não parou no nascimento, mas se atualizou na época do seminário ao enfrentar um câncer, momento de renovação da própria vida e vocação. 

01 – A origem familiar e o milagre do nascimento

 

Leia a transcrição:

Meu nome é Rafael, sou seminarista da Comunidade Canção Nova. Eu estou no quarto ano de teologia. Ao final desse ano, eu e meus irmãos vamos ser ordenados diáconos. Diácono transitório, diácono por seis meses.

Eu sou natural de Cuiabá, Mato Grosso, uma terra muito quente, mas também de um povo muito acolhedor. Na verdade, eu sou o único cuiabano da minha família. Os meus pais são sulistas do Paraná, a minha mãe do Rio Grande do Sul e toda a minha família, meus avós, meus tios são do Sul. Meus pais acabaram se mudando do sul, junto com meu irmão, para Cuiabá, para fazer a vida crescer e desenvolver também o comércio. Meus pais, quando chegaram em Cuiabá, tinham um bar com restaurante, e eu acabei então nascendo nesse ambiente.

Mas a minha história gestacional foi muito bonita, porque a diferença entre mim e meu irmão é de dez anos. Na verdade, minha mãe sempre quis ter muitos filhos, e a minha família sempre foi muito numerosa. Mas, nas tentativas da vida, depois do meu irmão, minha mãe sempre foi tendo uns abortos espontâneos. Então, ela perdeu duas crianças nesse intervalo. E todo um drama. Uma mulher que já perdeu uma criança sabe o drama de sonhar com ela, criar expectativas, desejar ter mais filhos, mas não conseguir. Minha mãe, durante esses dez anos, foi rezando e colocando-se em Deus. Em meio às frustrações, aos medos, aos abortos espontâneos, ela decidiu que a minha gestação seria a última tentativa. Fez as consultas médicas e, claro, conseguiu engravidar.

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Logo no início da gestação, no segundo para o terceiro mês, minha mãe já teve um descolamento de placenta, e todo trauma foi voltando: “Mais uma vez, eu engravido e vou perder esse filho”. Ela foi para o médico. Ele também ajudou muito, pois era um homem de Deus. Ele falou para ela: “A sua parte é se cuidar e rezar. Você tem fé? Então reze. A minha parte, a parte médica, eu vou fazer. A sua parte é fazer repouso e ter fé, rezar”. A minha mãe entendeu que a minha gestação seria a última tentativa, mas seria envolta desse ambiente de oração.

Desde o início da gestação, ela foi me consagrando a Nossa Senhora, e ela ficava deitada. Foram quase os nove meses deitada. Durante a gestação, ela sempre ouvia a Rádio Canção Nova, que foi a sua base; era a Rádio Bom Jesus de Cuiabá, Rádio Canção Nova. Ali, ela me consagrava a Nossa Senhora no ventre, dizendo “Maria, essa criança não é minha, mas sua. Maria, essa criança é sua. Eu te consagro, eu te entrego”. Rezando o Magnificat, ouvindo a Rádio Canção Nova… Tudo isso sustentou a minha gestação.

Minha mãe tinha contato com alguns padres, principalmente os salesianos; um dia, certo padre de fora foi visitar minha mãe, e ele disse a ela que iria consagrar aquela criança a Nossa Senhora. E ao fazer a consagração, ele disse que aquela criança teria uma missão muito grande de ser cura das almas. Nessa experiência, minha mãe mudou meu nome de Gabriel para Rafael, por causa dessa fala do padre.

Já tentei ser médico, e vi que não era a minha vida, não era meu chamado. E eu estou aqui. Então, não era a cura física, da vida física, mas a cura das almas, o cuidado com as almas, com a salvação delas.

02 – Infância e fé 

Leia a transcrição do vídeo:

Na minha gestação e em todo esse ambiente de oração, eu fui cultivado. Era a experiência para a minha família de expectativa de ser desejado, ser amado, e assim o Rafael é um milagre, porque minha mãe já havia perdido duas crianças. 

Desde criança, minha mãe também nunca me privou de nada. Ela nunca teve medo de me levar nas coisas da Igreja. Se ela fosse para a missa, ela me levava; se fosse ao grupo de oração, ela me levava. E as amigas dela sempre contavam que, nesses grupos, tinha adoração. Minha mãe me colocava numa manta, no chão da igreja, mesmo se eu chorasse ou dormisse, mas sempre estava na presença de Jesus. Então, eu penso que, desde a minha infância, eu já fui sendo cultivado na Renovação Carismática.

Minha mãe já ia me ensinando a orar em línguas, e eu penso que meu batismo no Espírito Santo aconteceu já desde o ventre, sempre e sempre orando na presença de Deus, em adoração, em missas etc. Eu tive uma infância muito santinha, até comecei a ser coroinha com quatro para cinco anos de idade, porque meu irmão queria se livrar de ser coroinha, e ele foi me ensinando já para que eu fosse assumindo.

Aos cinco anos, meu irmão se vestia de padre em casa, enquanto minha mãe lavava as roupas, as alfaias, as estolas, as túnicas do padre. Meu irmão se vestia, a gente treinava em casa. Ele foi meu primeiro professor de liturgia, e a gente foi aprendendo. E eu vivi, então, essa infância muito santa. Com sete anos, fiz a minha primeira comunhão, e fui caminhando nesse sentido.


Comunicação Santuário do Pai das Misericórdias

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