Neste domingo, 30 de abril de 2017, o padre Edilberto Carvalho celebrou a Santa Missa, às 7h, no Santuário do Pai das Misericórdias.
O sacerdote destacou que, como os discípulos de Emaús, muitas vezes caminhamos tristes em nossas vidas e podemos até perder a esperança, mas se Cristo vem ao nosso encontro, tudo se transforma. “Todos daquela época tinham a cruz como castigo, como sinal de morte. Para os discípulos, a morte de Cristo na cruz era um fracasso. A esperança que eles tinham no Cristo se foi, pois Ele morreu na cruz.
Para eles foi um tempo perdido, porque passaram três anos seguindo aquele homem que dizia ser o libertador. E eles voltam tristes, abatidos, sem esperança e até devem ter voltado chorando naquele caminho para Emaús. Estavam vivendo um luto sem fim.
Meus irmãos e minhas irmãs, quantas vezes nós vivemos lutos sem fim também na nossa vida. Quantos pais e mães vivem um luto sem fim por conta dos filhos que se foram e, com isso, estes pais também pararam de viver, pararam de acreditar na vida e estão ‘mortos vivos’. Também quantos filhos, porque um parente e um amigo se foram, pararam de viver. Outra situação é que muitos pais já decretaram a morte dos filhos que ainda estão vivos, por conta das drogas ou por estarem numa prisão.
Contudo, com Cristo a esperança é acesa, pois Ele passa em nossas vidas e nos diz para não mais chorar, porque ele venceu a morte; não está mais na cruz. Por isso, como os discípulos de Emáus nós podemos dizer: fica conosco Senhor! Na noite escura da nossa vida, nós diremos: fica conosco, Senhor!”
O Evangelho é de São João: “Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. Então Jesus perguntou: ‘O que ides conversando pelo caminho?’ Eles pararam, com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: ‘Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?’ Ele perguntou: ‘O que foi?’ Os discípulos responderam: ‘O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu’. Então Jesus lhes disse: ‘Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?’ E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: ‘Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!’ Jesus entrou para ficar com eles. Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. Então um disse ao outro: ‘Não estava ardendo o nosso coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?’ Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. E estes confirmaram: ‘Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!’ Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão” (Lc 24,13-35).
Assista a homilia na íntegra:
Confira a liturgia do dia.
Pai das Misericórdias e Deus de toda consolação, ouvi-nos!