Como Maria Madalena, deixemos Deus fazer o novo em nós

Padre Bruno costa | Foto: Andréia Britta/cancaonova.com

Assim como nós temos sede de água, também nossa alma tem sede da água viva que é o Senhor. Principalmente nos tempos presentes em que precisamos rezar pelas vocações. É muito bom quando nos reconhecemos e nos encontramos com aquilo que fomos feitos. Vocação é algo especial! E a nossa primeira vocação é ser santo.

Hoje celebramos o dia de Santa Maria Madalena, uma mulher que vivia em pecado, que vivia num mundo tão obscuro, mas deixou-se ser encontrada. Ela reconheceu seu pecado e, depois que foi perdoada, não mais abandonou o Senhor.

Maria Madalena esteve presente na Morte e na Ressurreição de Cristo, ela reconheceu o Senhor e tornou-se a primeira testemunha da Ressurreição, quando chegou ao tumulo e viu que Jesus já não estava lá.

Em nós, deixemos Deus fazer nova todas as coisas, assim como fez com Maria Madalena e, como ela, não desistamos e permaneçamos ao lado do Senhor

Madalena foi aquela que mudou de vida e representa a Palavra que nos é dada na II Carta de São Paulo aos Coríntios 5,17:

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”

Esse novo exige de nós uma decisão diária de fazermos nova todas as coisas, abandonarmos o pecado e sermos criaturas novas.

Quando nós temos o encontro com o Ressuscitado e a ressurreição é o centro da nossa fé, nós temos de viver o Cristo vivo, precisamos proclamá-Lo. Não podemos deixar que o inimigo nos faça desistir e calar.

Muitas vezes, o pecado entra na nossa vida e não o expulsamos, porque nos acostumamos com ele e ficamos acomodados. Nós precisamos fazer o novo todo dia, buscar e viver, mas sempre lembrando que aqui neste mundo somos peregrinos, pois pertencemos ao céu.

Nós precisamos viver o presente sem ficarmos presos ao passado, porque, assim como Jesus disse àquela mulher pecadora: “vai e não peques mais”, assim também somos chamados a abandonar o passado e a seguir. Não podemos desistir! O ímpio foge, mas os justos são corajosos como o leão. Justos não são aqueles santinhos, e sim os que verdadeiramente buscam a Deus e querem ser santos, que assumem suas misérias e não ficam presos nelas.

Os problemas virão, as dificuldades chegarão, as mentiras, mas em Cristo nós somos mais do que vencedores. Deixemos que o novo de Deus faça em nós e nos transforme, assim como fez com Maria Madalena e, como ela, não abandonemos mais o Senhor.

Transcrição e adaptação: João Paulo dos Santos