Perseveremos na oração, temos um Pai misericordioso.
Na liturgia desse domingo nos convida a revermos nossa oração, como tem sido nossa oração? Nós nos lembramos do que rezamos? Lembramos de qual foi o pedido que fizemos? Pedimos uma vez e esquecemos? O convite dessa liturgia é perseverar na oração e saber que Deus é um Pai misericordioso.
A leitura do livro do Gênesis apresentou um cenário onde o povo de Sodoma e Gomorra estavam em pecado. Nesse contexto o Senhor iria descer para verificar, aqui já podemos tocar na paciência de Deus, claro que ele como Deus sabia o qual era a conduta do povo, mas Ele ao querer descer já dá um tempo para a conversão daqueles homens. Abraão sabia do castigo e começou a intervir na oração.
Dizia Abraão, na oração, ao Senhor se ele exterminaria a cidade se houvesse cinqüenta justos, e o Senhor respondeu que não o faria. E Abraão foi baixando o número até ficar em dez, e mesmo com dez o Senhor na aniquilaria a cidade. Abraão até ousou bastante ficou nos dez, já em Jeremias (5,1) e em Ezequiel (22,30) o Senhor não faria mal se encontrasse um justo. O diálogo de Abraão mais esses dois últimos trechos evidenciam que a compaixão e a misericórdia do Senhor é grande e, que realmente, por causa de um justo a humanidade não sofreu o castigo.
Na segunda leitura (Cl 2,12-14) São Paulo apresentou o Justo, ao dizer que com Cristo fomos sepultados no batismo, n’Ele ressuscitamos, se não fosse ele estaríamos na morte, ou seja por causa n’Ele, o único Justo fomos salvos.
N’Ele, o Justo/Jesus, Jesus/Justo, não só a justiça foi revelada como também a misericórdia do Pai. Jesus revelou a face misericordiosa do Pai. A vida e os gestos de Jesus confirmaram, que Deus é Pai, que Deus é paciente.
No Evangelho Jesus pacientemente ensinou mais uma vez seus discípulos, ensinou-os a rezar “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou seus discípulos” (Lc 11,1). E Jesus apresentou a oração ao Pai, aqui no Evangelho de Lucas a oração do Pai-nosso breve. Além de ensinar a chamar de Pai, o Senhor contou uma pequena parábola para falar que a oração deve ser insistente e perseverante. Contou Jesus sobre um amigo que recebeu uma visita e foi ao vizinho/amigo pedir um pão, o pão foi concedido não pela amizade, mas pela insistência. E Jesus ainda terminou com o ensinamento de três atitudes: pedir, procurar e bater. Em outras palavras usar todos os meios possíveis ao se dirigir ao Pai ou a Ele Jesus.
Por fim, insistir com o Pai que ele concederá, não porque ele se cansa de nós e nos concede. Não porque Ele não tem firmeza e tem coração mole. Não porque merecemos. Contudo, o Pai concede porque nós realmente precisamos, nos concede porque ele é Pai. Concede ainda, aos insistentes porque Ele é Misericórdia.