Partilha da Palavra: Na 2,1.3; 3,1-3.6-7; Mt 16,24-28;
O profeta Naum, no século VI a.C., por um lado anunciava a salvação de Judá e por outro a destruição de Nínive. Judá representava o povo de Deus que sofreu, mas que obedeceu à Lei do Senhor, enquanto Nínive desagradou a Deus por não ter se convertido.
Na leitura bíblica, quem não acolhe o Senhor não se converte, não muda de vida, não somente recebe um castigo, mas se castiga, exclui-se da salvação. A salvação está à disposição, mas ela não é imposta, e somente quem adere será capaz de usufruir dela.
Aceitar a salvação, aceitar Deus, aceitar Cristo significa acolher a cruz e ser discípulo do Senhor. Os seguidores de Jesus já tinham visto e ouvido d’Ele vários mandamentos, mas para O seguir era e é necessário radicalidade: TOMAR A CRUZ. A vida em Cristo não é brincadeira, não são somente flores, ou se for, pode ter a certeza de que haverá espinhos.
“Tomar a cruz” e “dar a própria vida” – Jesus ensinou e praticou. Somos seguidores de Jesus? Tomemos, para valer, a cruz, encaremos os desafios com fé, coragem e ousadia. Vamos dar a vida, como Ele, dar a vida na missão de batizado, de missionário, leigo, leiga, marido, esposa; dar a vida para deixar a casa em ordem, dar a vida na paciência com o cônjuge, dar a vida ao sair do comodismo, da vida fácil, e evangelizar com palavras e com a vida.
Que o Pai das Misericórdias, que nos deu a cruz e o Seu Filho Jesus, anime-nos sempre a doar a nossa vida por amor e na consciência de que a vida doada terá sua recompensa na glória.
Pai das Misericórdias e Deus de toda consolação, ouvi-nos!
Padre Márcio Prado
Vice-reitor do Santuário do Pai das Misericórdias