Partilha da Palavra: Jo 17,20-26;
No Evangelho de hoje, Jesus, mais uma vez, continua sua despedida dos discípulos. Ele pede a unidade e reza por nós. Como pode Deus tão ocupado e com tanta gente mais necessitada do que nós lembrar-se de nós?
Sim, Jesus rogou por nós, pediu ao Pai que fôssemos um com Ele e com o Pai. Está aqui a nossa principal necessidade: ser um com Deus. Na verdade, só precisamos disto: estarmos unidos ao Pai e ao Filho no Espírito Santo.
É evidente que precisamos de bens materiais, de realidades básicas para nosso sustento, mas Jesus pediu o essencial para nós, a unidade. Em que resultará essa nossa unidade com o Senhor? Jesus na oração disse: “Para que o mundo reconheça que Tu me enviaste e os amaste a eles como a mim” (Jo 17,23). Será na unidade que a humanidade reconhecerá o amor do Pai.
A unidade em Deus, a Trindade, é amor. A Trindade é “só” amor, por esse motivo, a oração do Senhor direciona-se para a unidade. A Trindade é amor, mas não é um amor fechado, por isso a criação e cada um de nós está aqui. Deus “não se aguentava de tanto amor” e nos fez. Infelizmente, muitos se perderam no caminho, talvez até nós, e não cultivaram a unidade nem com Deus e muito menos com o próximo.
Por fim, irmãos, o Senhor rogou por nós, Ele se lembrou de nós, que “só isso” já acalme o nosso coração. Ele rogou pela nossa unidade com o Pai, para quê? Para que nós sintamos e acolhamos o seu amor. Ah, e para que o mundo creia no Seu amor, como? A partir do nosso testemunho de unidade com a Trindade.
Vamos nos unir a Deus? Ele que é Pai e Filho e Espírito Santo?
Unidos a Ele viveremos no amor. Que nesse amor o mundo reconheça o amor d’Ele e seja salvo.
Padre Marcio Prado
Vice-Reitor do Santuário do Pai das Misericórdias