4º Domingo da Quaresma | Jesus é a Luz que nos liberta

4º Domingo da Quaresma

1Sm 16,1b.6-7.10-13a; Sl 22; Ef 5,8-14; Jo 9,1.6-9.13-17.34-38

Deus manifesta a Sua glória nos pequenos

A primeira leitura de hoje mostra a eleição de Davi. Na maioria das vezes, Deus escolhe os mais pequenos, os mais frágeis. É justamente nesses que Deus manifesta a Sua glória e os faz luz para iluminar as trevas. O homem olha as aparências mas Deus vê o coração, prescruta os corações. Ele sabe o que se passa no nosso interior.

No entanto, podemos pensar que, se Deus vê o nosso coração, podemos continuar na vida do pecado, de vícios e trevas, da forma que eu quero, pois ‘Deus olha apenas o coração’.
No Evangelho, quando Jesus ia às periferias, juntos dos pecadores, ia até ás prostitutas, Ele levava a salvação. Quando Jesus passava na vida de alguém, era para salvar, convidando-o à conversão, a tomar uma nova direção. Hoje, o Senhor nos convida a mudarmos de vida.
Quando uma luz se acende num lugar ilumina todo o espaço. Luz e trevas não ficam juntos. Quando Jesus – que e a Luz – expulsa toda a treva, ao passar na nossa vida, expulsa todo o pecado da nossa vida e nos salva.

Vivei como filhos da luz

Na segunda leitura, na Carta de São Paulo aos Efésios, São Paulo afirma: “Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz. E o fruto da luz chama-se: bondade, justiça, verdade. Discerni o que agrada ao Senhor. Não vos associeis às obras das trevas, que não levam a nada; antes, desmascarai-as.
O autor sagrado nos aponta três alertas:
– a nossa vivência nas trevas ficou para trás porque o Senhor passa na nossa vida;
– não nos podemos mais associar às obras das trevas pois Deus já nos converteu;
– somos chamados a ser luz no mundo. No nosso país, diante de tantas ideologias, modismos, valores morais e éticos que se desmoronam, a corrupção…
“Desperta, tu que dormes!’, Paulo ainda exorta. Não podemos ficar parados porque somos cristãos – outros Cristos – chamados a levar a imagem de Cristo a todos os lugares onde ainda as trevas dominam.

Curar a alma, depois o corpo

No Evangelho, Jesus – a Luz do mundo – vem iluminar as trevas e nos fazer homens novos.
O cego era prisioneiro da escuridão e, para a sua época, ele ou os seus pais haviam pecado. Jesus desmascara esse pensamento porque Deus não castiga.
Primeiro, o Senhor cura a alma daquele cego pois era excluído e esquecido por Deus. Sentia-se fracassado. Naquele momento, deixando claro que nem ele nem seus pais pecaram, acontece a cura interior. Depois, passa para a cura física: cospe no chão, faz o barro e coloca sobre os olhos do cego. Também, na Criação Deus faz o homem do barro. E o pecado destruiu a sua imagem.

Ao prostrado, Jesus ordena: “Vai lavar-te na piscina de Siloé”. A nossa cura pode também não ser instantânea mas Deus sabe o tempo de cada pessoa. Ele nos cura a alma e depois o corpo. A Sua missão é fazer homens e mulheres novos, nos libertando de toda a escuridão do pecado.

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