O tempo do advento, vale recordar, nos apresenta um tempo de recordação e de preparação para a segunda e definitiva vinda de Jesus.
Sf 3,14-18a; Is 12,2-6 (salmo); Fl 4,4-7; Lc 10-18
Alegria e expectativa/ativa – 3º Domingo do Advento
A leitura de Sofonias foi uma convocação de viver a alegria do perdão divino “O Senhor revogou a sentença contra ti” (3,15) e além disso revela uma palavra de ânimo e esperança “Não tenhas medo… O Senhor teu Deus está no meio de ti…”(16.17). São palavras que falam da vinda do Messias, do Salvador e a resposta que o profeta espera é de acolhida de um novo vigor para cada filho de Deus.
Em nosso tempo temos a necessidade de escutar o profeta Sofonias, as palavras que ele dirigiu ao povo de Deus são palavras para o hoje. Hoje cada filho de Deus pode e deve se alegrar porque Deus não abandonou o seu povo. Eu sou um filho de Deus, você que me lê é um filho e uma filha de Deus. Hoje nós precisamos nos alegrar porque Deus visitou cada ser humano através do seu Filho Jesus, nasceu o Salvador e a comemoração do Natal do Senhor, não é apenas mais uma festa, muito menos uma festa de bebedeiras e prazeres. Hoje a Igreja convida a já viver essa alegria de saber que “Ele está no meio de nós!” como respondemos em cada missa.
O tema da alegria continua na leitura da carta de S. Paulo aos Filipenses “Alegrai-vos sempre no Senhor; eu repito, alegrai-vos”(4,4). S. Paulo, grande missionário e entusiasta pelas coisas do Alto, não perde tempo e anima os filipenses a essa alegria da segunda vinda de Jesus. É muito comum quando vemos alguém triste ou fora do seu normal dizermos “Tudo bem?” e por que isso? Porque queremos ver a pessoa bem, alegre. Claro que tristezas, derrotas e dores fazem parte do ser humano, ninguém está com sorriso no rosto 24h por dia, por isso cada pessoa tenta se animar ou é animada por alguém. De qualquer forma Paulo quando escreve aos filipenses não deseja iludi-los, mas deseja que eles tomem posse da promessa de Jesus que ele retornaria. Essa boa notícia que Jesus iria retornar ajudava cada cristão a viver sempre o amor, a reconciliação e a promover a paz.
Jesus em sua primeira vinda promoveu o amor, chamou a muitos à conversão e promoveu a paz. Antes que Ele alguém preparou seu caminho, João Batista. João Batista um homem de Deus, muito sério em suas convicções, seguro em suas palavras, chamava os pecadores à conversão sem medo de dizer a verdade, ajudou muita gente com suas orientações (Lc 3,10-14). João Batista era tão cheio de Deus que chegaram a confundir se ele não seria o messias, no entanto o profeta sem titubear declarou que outro viria, que era mais forte do que ele, que esse Outro iria batizá-los no Espírito Santo e Esse sim iria colocar as coisas em ordem.
Assim, João Batista consciente de sua missão preparou o caminho do Senhor, com aqueles que ele teve contato pôde anunciar a alegria do Messias que estava para chegar. A alegria tem um rosto, tem uma identidade, uma missão e tem um nome: Jesus Cristo. Nossa resposta hoje deve ser de gratidão a Deus porque ele nos enviou o seu Filho para nos salvar. A alegria deve tomar conta de nosso coração quando tivermos contato com a Palavra de Deus, quando formos à igreja, pois tudo nela fala d’Ele. E tudo o que já ouvimos que Jesus fez ensinou, continua a fazer e ensinar hoje. Hoje precisamos nos alegrar porque Jesus já veio a primeira vez e está voltando, e os efeitos de sua primeira vinda ressoam no hoje, ele continua a libertar, a devolver a dignidade e mais do que nunca nos chama à conversão, conversão que se traduz numa alegria de expectativa/ativa, em caridade para com o próximo.
Pe Marcio Prado
Deus seja louvado!