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São Luís Gonzaga, padroeiro dos jovens

“Para ser santo, não é necessário ser bispo, sacerdote, religiosa ou religioso… Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra”

Um jovem de 23 anos, santo? Como é possível? Fiquei surpreso ao saber que São Luís Gonzaga, nesta idade, entrou para a eternidade. Só conhecia Santa Terezinha do Menino Jesus, que faleceu com apenas 24 anos. Impressionante é a vida de todos os jovens que buscam amar a Deus de todo o coração e de toda alma, mesmo que sejam em épocas diferentes. Oferecem a mais bela fase da vida a Deus em favor da humanidade e, sobretudo, encontram a felicidade verdadeira.

“Luís Gonzaga era obediente ao seu pai e somente mais tarde, com sua autorização, entrou para a vida religiosa, que tanto desejava.” | Foto ilustrativa: cancaonova.com

Luís Gonzaga era de família nobre, e seu pai o motivava a ser príncipe. Mesmo passando pelo serviço militar muito novo, o soldado Luís buscou amar a Deus no meio do mundo. Importante: todos somos chamados a amar a Deus, ou seja, a sermos santos. O Papa Francisco ressalta que “para ser santo, não é necessário ser bispo, sacerdote, religiosa ou religioso… Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra”. Assim, Luís Gonzaga era obediente ao seu pai e somente mais tarde, com sua autorização, entrou para a vida religiosa, que tanto desejava.

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Gonzaga nunca se deixou influenciar pelo luxo e pelo poder. Exclamava: “Eu busco a salvação!” De fato, as riquezas deste mundo podem ser grandes prisões. Felizes são os pobres de espírito. O coração que se sente rico, como afirma o Papa Francisco, “fica tão satisfeito de si mesmo que não tem espaço para a Palavra de Deus, para amar os irmãos, nem para gozar das coisas mais importantes da vida. Desse modo, priva-se dos bens maiores”. Somente num coração pobre, como o de Luís Gonzaga, pode entrar o Senhor com a sua incessante novidade e ser livre.

Olhar nos olhos

Uma das cenas de Luís Gonzaga é que, um certo dia, ele viu um doente abandonado na rua, à beira da morte: colocou-o nas costas e o levou ao hospital. Viu, sentiu compaixão e cuidou dele (Lc 10,33-34). Tantos crentes se refugiam nos dogmatismos para defender-se da realidade. Neste sentido, significativa também são as palavras do Papa Francisco: “Tu tocas a mão da pessoa para a qual dás a moeda? E tu olhas nos olhos dessa pessoa? Se tu dás a esmola sem tocar a realidade, sem olhar nos olhos da pessoa necessitada, aquela esmola é para ti, não para ele”. Recordemos que o caminho dos discípulos de Cristo exige a coragem de sair de si mesmo para seguir a estrada do Evangelho.

Luís Gonzaga foi canonizado, em 1726, pelo Papa Bento XIII, sendo proclamado “Patrono da Juventude”. Depois, foi nomeado protetor dos estudantes. São João Paulo II, em 1991, o nomeou padroeiro dos pacientes de AIDS. Por que ele é patrono da juventude? Não somente pela sua idade, mas porque viveu amando a Deus e aos irmãos, e foi puro. Muitos jovens podem inspirar-se nele e deixar-se indagar pelas perguntas que nortearam sua vida: “Isso que estou prestes a fazer tem alguma coisa a ver com a eternidade? Contribuirá para que eu alcance a vida eterna?”


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