Dedicação do Santuário - 10 anos de milagres

Pandemia 2020 e a fé de um povo 

Ao longo desses 10 anos de dedicação do Santuário do Pai das Misericórdias, muitas foram as histórias de fé. Hoje, recordamos um dos momentos mais desafiadores, não só para o Santuário, mas para todas as pessoas, a Pandemia 2020.

Diante de um cenário nunca visto por nossa geração, vimos todas as igrejas serem obrigada a fechar as portas. A fé ficou restrita aos meios de comunicação. Nesse período, padre Elenildo da Silva Pereira, sacerdote da Comunidade Canção Nova, atuava aqui no Santuário do Pai das Misericórdias. Hoje, padre Elenildo mora na Frente de Missão da Canção Nova de Cuiabá (MT), mas recorda desse tempo de tribulação e crescimento na fé.  

Foto: Bruno Marques

Covid-19 e a manifestação de Deus

Padre Elenildo recorda que, embora os desafios da Pandemia 2020 fossem grandes, também foi um tempo de visita de Deus: “O período que eu estive no Santuário do Pai das Misericórdias foi num período muito delicado da pandemia. No entanto, é muito bom poder perceber que, em meio ao que aconteceu, a doença do covid-19 e o vírus espalhado no mundo inteiro também foi um momento de visita de Deus. Quantas pessoas tomaram consciência de sua vida espiritual exatamente neste tempo.

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Eu, trabalhando no Santuário do Pai  das Misericórdias neste período, pude, inclusive, conceder o santo Sacramento da Confissão e da Unção dos Enfermos para tantas pessoas que os buscaram. De modo especial, a celebração da Santa Missa, e eu diria que foi o que sustentou o povo Deus a permanecer firme. Foi exatamente a busca pelos sacramentos, e isso foi indispensável. De modo especial, as pessoas que puderam ir até o Santuário. É verdade que, por um período, muitos ficaram impossibilitados de ir até as demais igrejas. Por outro lado, assim que os Santuários e Igrejas puderam abrir suas portas, as pessoas também voltaram. Comprovamos que, fisicamente, a casa de Deus é indispensável para todos nós. A experiência de ver o povo buscando a Deus foi muito importante no período da pandemia.”

A evangelização não pode parar, custe o que custar!

“Mesmo em meio aos desafios, a evangelização não parou e não pode parar! Como mencionado antes, muitas vezes administrei o Sacramento da Confissão e o Sacramento da Unção dos Enfermos, para dizer que tem uma coisa que não pode parar, a evangelização, custe o que custar! E para mim, isso foi fundamental no meu primeiro ano de padre. Entender que eu como padre, às vezes, tenho que correr inclusive risco. Risco de perder até a vida.

Se preciso atender as pessoas, vou ter contato. No contexto da pandemia, estava colocando minha vida em risco, porém aí eu estava simplesmente cumprindo a minha missão de sacerdote, que é salvar almas. Então, quando eu atendia uma confissão, quando dava a Unção dos enfermos, quando eu celebrava a Santa Missa, ali eu estava exercendo o meu ministério da melhor forma possível dentro daquilo que era a vontade de Deus. Eu, como padre, dava a vida para que as pessoas pudessem assim ser salvos.”

O Sacramento da Confissão tem poder de libertação

“Recordo um dia, quando chega uma família até mim, de Minas Gerais, com uma filha possessa. Ela tinha passado por uma situação de contaminação espiritual. Eu celebrei a missa do meio-dia. Logo em seguida, procuraram-me, dizendo que tinha uma família com uma filha necessitando de ajuda. Pediram que eu rezasse por ela. Não medi esforços, levei ela até a sala onde há o atendimento. Comecei, ali, a entender qual era a situação, e vi que, de fato, se tratava de algo espiritual, de uma contaminação. Ali, comecei a rezar, trouxe ela à consciência e pedi para Deus: ‘Senhor, que esta jovem consiga fazer uma boa confissão. E quando eu der absolvição, que ela seja totalmente liberta desta contaminação espiritual, desta opressão na qual ela se encontra’.

E assim eu fiz. Fui fazendo algumas perguntas e, depois, ela iniciou espontaneamente e conseguiu fazer a sua confissão, e uma boa confissão. E eu tinha combinado com o próprio Senhor que, pela absolvição, ele libertasse aquela jovem de pouco mais de 16 anos.  E foi impressionante! Quando eu disse: ‘Eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo’, aquela jovem, que até então estava possessa, triste, abatida e deprimida, ela foi totalmente curada para Honra e Glória do Nome de Jesus. Ela entrou carregada pelos seus pais e um namorado, e chorando. Ela saiu dali da minha sala feliz, alegre, porque Jesus a tinha libertado por meio do sacramento da confissão.”

Foto: Arquivo Santuário do Pai das Misericórdias

 

Comunicação Santuário do Pai das Misericórdias
Magda Ishikawa Florêncio 

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