Chamados a cantar uma canção nova

A música a serviço do reino de Deus

Querido leitor

Tenho a imensa alegria de poder falar de um assunto muito rico e que acompanha o progresso da humanidade desde a criação até os dias de hoje. Digo desde a criação porque a música vem do céu.

Todo cristão batizado é chamado a cantar uma canção nova. Porque o sacramento do batismo nos dá essa condição. Todo batizado é uma nova criatura porque Jesus é o novo Adão. Tudo se renovou em Cristo!

Se é assim então temos um chamado, cantar uma canção nova com a nossa vida. A nossa vida precisa ser um canto novo. Um canto de exaltação, de gratidão, de súplica e confiança.

Exaltar ao Senhor, dar graças a Ele, seguindo o que Paulo diz aos tessalonicenses, “Orai sem cessar, em todas as circunstâncias dai graças”. II Tes 5,17.

Também seguindo o que está na primeira carta a Timóteo, cap 2 versículo 1, “recomendo que se façam preces, oração e súplicas”. Por fim o que o que está escrito em Hebreus 11, 1-2 “A fé é o fundamento da esperança é uma certeza diante do que não se vê”

Fazer da nossa vida um canto a partir da vivência proposta por esses versículos e amparados pelo Espírito Santo.
Todo canto obedece uma ordem, não há música desordenada, não há desordem no céu. A desordem faz parte da nossa humanidade em virtude do pecado.

Por isso, na certeza de sermos chamados a cantar uma canção nova, precisamos ir ordenando o nosso canto, a nossa vida de acordo com os padrões do céu.

Exaltar, agradecer, suplicar e confiar são 4 pontos que nos ajudam a ordenar nossa canção, nossa vida. Se quisermos viver uma vida sem parâmetros, nosso canto pode se tornar um eterno desejo de improvisar, nos levando a uma música cheia de acidentes, contrapontos, dissonâncias sem resoluções que fazem mal para nós e para os que convivem conosco.

O homem novo, canta o canto novo no padrão celestial. A música exerce um poder sobre a vida. Ambientes com música acalmam, agitam, alegram, entristecem, fazem refletir, emocionam, etc. Muitos sentimentos são despertados e capacidades são potencializadas através da música. A música é poderosa.

Infelizmente muitos, sabendo desse poder que a música tem, a utilizam para destruir, desvalorizar, procurar uma liberdade fora de Deus. Quantas músicas encontram nossos ouvidos que falam de traição, desunião, alcoolismo, drogas. Quantas músicas que denigrem a imagem do homem e da mulher, que colocam o homem com um ser desprezível, e a mulher como um objeto sexual. Depreciam a obra prima da criação. Levam os filhos e filhas de Deus a danças sensuais, violentas, etc.

A música que deveria estar a serviço do reino de Deus, muitas vezes é utilizada a serviço do reino de satanás. Essa música não gera o homem novo, pelo contrário, mata, aniquila o homem novo, dando ainda mais vida ao homem velho e seus pecados.

Mas o que fazer então, diante dessa realidade? Jesus no evangelho de São João, diz: “Eles ainda estão no mundo” Jo 17, 11. “Eles não são do mundo” Jo 17, 14. Ou seja, vivemos nesse mundo, mas não pertencemos a ele, pertencemos ao céu, somos homens novos, como já disse. Devemos lutar contra a melodia enganadora e sedutora do mundo e permitimos que sejamos envolvidos pela melodia que nos coloca no compasso do céu.

A música deve e precisa estar a serviço do reino dos céus, eu e você somos responsáveis por isso. Você pode até pensar, mas o André é músico, ele vai tocar e cantar para o reino dos céus. Sim, tenho esse dom, mas não estou falando somente da música que produzimos, mas também daquelas que ouvimos. Não estou falando somente das músicas religiosas, essas, de forma clara já estão a serviço do reino de Deus. Mas digo daquelas canções que muitas vezes fazem parte da playlist, daquelas que se consomem no dia-a-dia. Que não são religiosas.

Na sua vida, elas estão a serviço do reino de Deus ou do reino das trevas?

O que você tem ouvido? Quais canções você tem consumido? Elas te levam para Deus ou para o pecado. Pecados grandes? Não! Falo aqui dos pequenos pecados. Aqueles que vão através da música convencendo a nossa mente e nosso coração um pouquinho por vez. Esfriando a fé bem devagarinho. De forma imperceptível. Esse não é o amor de Deus. O amor de Deus, aceita tudo, acolhe tudo, ama a tudo, mas não permite que se viva no erro. Porque Deus quer que todos se salvem, e quem está no erro e insiste em viver nele, infelizmente corre o risco de perder a salvação. Tenha grande cuidado com canções assim.

Estamos no mundo, mas não somos do mundo.

Que Santa Cecília nos ajude a buscarmos sempre a melhor trilha sonora para nossa vida em Jesus.