O que a Igreja diz?

A homossexualidade

O mais importante é que essa pessoa é um ser humano criado à imagem e semelhança de Deus.

Antes de qualquer coisa, é preciso destacar que a Santa Igreja acolhe a todos os seus filhos com amor maternal. Seu olhar está voltado para a pessoa, sublinho, sempre para a pessoa, ou seja, para aquilo que ela é: um ser irrepetível; dotado de beleza, unidade e verdade e, portanto, merecedor de toda dignidade e respeito. Seja um heterossexual, seja um homossexual, o mais importante é que essa pessoa é um ser humano criado à imagem e semelhança de Deus.

:: Corrigir os que erram

Não obstante, não dá para passar vistas grossas nas importantes discussões do ponto de vista moral, doutrinal ou, até mesmo, pastoral que circunda essa temática. E, de fato, por se tratarem de seres humanos, elas precisam ser tratadas da maneira mais clara, verdadeira e objetiva possível.

Foto ilustrativa: Santuário CN

Apenas a título de informação, há quem faça uma espécie de gradação do tema “homossexualidade” para facilitar a compreensão. Assim, costuma-se fazer uma distinção entre “homossexuais essenciais” e “homossexuais ocasionais”. O primeiro tipo é aquele que se sente atraído por pessoas do mesmo sexo como que por um instinto inato. Já o segundo tipo desenvolve essa prática mediante alguma motivação externa, por exemplo, o desejo por experiências incomuns, por dinheiro, e assim por diante.

Dentre os “homossexuais essenciais”, ainda há os “homossexuais totais” e os “homossexuais exclusivos”. Com relação aos “totais”, a tendência deles fazem parte da personalidade, de modo que eles não sentem nenhuma pulsão heterossexual. Já os “exclusivos” podem manifestar em algumas circunstâncias ou, de maneira parcial, atração pelo sexo oposto.

Com relação à posição da Igreja Católica, ela reconhece que um número considerável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Afirma, ainda, que essas pessoas devem ser respeitadas e acolhidas com muita compaixão e delicadeza. Deve-se evitar, portanto, qualquer sinal de discriminação em relação aos homossexuais (cf. CIC 2358).

Sejamos santos

Embora essa tendência seja uma realidade, é importante dizer que a tendência propriamente dita não é pecado. Uma coisa é a inclinação que a pessoa possui, outra é sua prática. Para aqueles que se reconhecem homossexuais e querem viver santamente, a Igreja recomenda uma vida casta e continente. Portanto, ninguém está condenado por ser homossexual! Digo mais, quem está nessa condição pode gerar muitas alegrias para Deus. Ele conhece as lutas e a verdade do coração de seus filhos, portanto, vale a pena buscar, com todas as forças, uma vida de santidade.

Todo cristão, independentemente se é homossexual ou não, é chamado a realizar na sua vida a vontade de Deus. O cristão com tendência homossexual é convidado a unir ao sacrifício da cruz do Senhor todas as dificuldades que podem encontrar pelo caminho devido à sua condição. É uma questão de heroísmo e de abandono em Deus.

O parágrafo 2359 do Catecismo da Igreja Católica afirma que as pessoas homossexuais são convocadas à vivência da castidade. “Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã”.

Portanto, nosso olhar deve estar sempre voltado para a eternidade enquanto nos esforçamos, neste vale de lágrimas, para corresponder a vontade de Deus por meio das nossas atitudes e escolhas. Diante da perspectiva de céu, todo sofrimento que passamos neste mundo é um breve suspiro. Sejamos santos!

Deus abençoe você e até a próxima!

Seminarista Gleidson de Souza Carvalho
Missionário da Comunidade Canção Nova

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