O SILÊNCIO DE MARIA

Maria, a Mãe das Virtudes: Aprender a silenciar como a Virgem Maria

Maria, a mulher perfeita, é para nós uma escola, exemplo da vivência das virtudes. Com sua vida discreta e silenciosa, a Mãe de Deus e nossa mãe, nos ensina que a verdadeira realização da alma se manifesta na força do silêncio habitado por Deus. É neste silêncio fecundo do escondimento da sua vida, que nascem as mais belas virtudes no jardim da santidade. Silenciar não é calar. É escutar, é acolher, é confiar. No coração de Maria encontramos o mais puro silêncio fecundo: aquele que gera vida e Fé.

Imagem: Canva Pro

O Silêncio não é um lugar vazio, é o lugar cheio da presença de Deus. É neste silêncio, que amadurece a humildade, a paciência, a obediência e a pureza. Em seu silêncio, Maria entregou-se à Vontade de Deus e foi neste silêncio, que Maria permaneceu com fé e sabedoria.

Desde a Anunciação do Anjo, Maria acolheu o Mistério da Salvação com um coração sereno e confiante. Maria respondeu com poucas palavras, mas com uma profunda entrega: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). Resposta de uma alma que já silenciava interiormente para escutar a voz de Deus em seu coração. Sua resposta nasceu da escuta orante, de uma vida espiritual autêntica e silenciosa, sem alarde ou plateia.

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A Palavra nos diz que Maria “guardava todas estas coisas, meditando-as no seu coração” (Lc 2,19). Esse guardar não é somente uma lembrança, mas uma forma de contemplação. Podemos dizer que Maria contemplava silenciosamente em seu coração todas as coisas sem deixar-se levar pelo imediatismo, Maria, sabia esperar o tempo de Deus, permitia que Deus falasse em seu coração, uma espera confiante, mesmo quando as respostas demoravam a chegar.

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Maria, silenciou também na dor, quando caminhou com Jesus até o Calvário. Neste caminho, não se escuta as palavras de Maria, mas encontramos a sua presença silenciosa, firme e cheia de amor, encontramos seu olhar silencioso e vigilante. Nesse silêncio doloroso, Maria, ofereceu seu filho e deu sentido ao sofrimento, sem alarde ou murmuração. Sofreu silenciosamente, unindo-se ao sofrimento de Jesus.

Maria ao silenciar, dava espaço para que Deus habitasse nela. Renunciava às respostas rápidas e imediatas e buscava aprofundar-se no discernimento. A mulher, cheia do Espírito Santo, deixava-se conduzir por Ele, nessa caminhada de fé, pois, por ela mesmo não conseguiria e nem saberia falar, fazer, responder.

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A Virgem Maria, nestes tempos de barulho e imediatismo, nos ensina a fecundidade do silêncio interior, que não é a ausência de palavras, mas um lugar especial para aprender a escutar, confiar e amar. Peçamos à Maria, nossa mãe, que nos ensine a silenciar e fazer do silêncio um solo fértil para crescer na vontade de Deus.

Rezemos assim:

Maria, minha mãe, ensina-me a silenciar e fazer do meu silêncio um lugar fecundo para que Deus habite. Ensina-me na agitação do dia, aquietar meus medos, meu imediatismo, minhas vaidades, minhas inquietações, as vozes interiores, para eu possa escutar a Deus em meu coração e fazer a Sua vontade, como a senhora, ofertar minha vida de forma fiel e cheia de amor. Amém!