As cores devem nos ajudar a entender o sentido daquilo que estamos celebrando
As Celebrações Litúrgicas são marcadas por ritos, símbolos e orações específicas para cada celebração. O símbolo representa um tipo de sinal que indica uma realidade externa a si mesmo. Com isso, a Igreja, usualmente, em sua Liturgia faz uso de algumas cores chamadas litúrgicas, que servem para indicar também como sinal de algo além do que se pode ver.
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A Introdução Geral do Missal Romano (IGMR) apresenta as devidas orientações para o uso de cada cor litúrgica. Quando a Introdução Geral do Missal Romano fala sobre as cores, apresenta a seguinte diretriz: “A diversidade de cores das vestes sagradas tem por finalidade expr07imir externamente de modo mais eficaz, por um lado, o carácter peculiar dos mistérios da fé que se celebram e, por outro, o sentido progressivo da vida cristã ao longo do ano litúrgico” (§345). As cores devem nos ajudar a entender o sentido daquilo que estamos celebrando.
O que representa cada cor?
As cores litúrgicas, segundo a Introdução Geral do Missal Romano, são: branca; vermelha; verde; roxa; preta e rosa. Cada cor deve ser usada no seu devido tempo litúrgico ou na sua respectiva comemoração, por exemplo, memórias de santos, festas e solenidades. Com isso, as cores servem para expressar melhor cada mistério celebrado ao longo de todo o ano. Vale a pena destacar que: em cada país existe a sua Conferência de Bispos, que também emite algumas orientações para a sua Igreja local, no que diz respeito ao uso das cores litúrgicas.
O uso tradicional de cada cor segue a seguinte (IGMR 346):
Usa-se a cor branca nos Ofícios e Missas do Tempo Pascal e do Natal do Senhor. Além disso: nas celebrações do Senhor, exceto as da Paixão, nas celebrações da bem-aventurada Virgem Maria, dos Anjos, dos Santos não Mártires, nas solenidades de Todos os Santos (1 de Novembro), de S. João Baptista (24 de Junho), nas festas de S. João Evangelista (27 de Dezembro), da Cadeira de S. Pedro (22 de Fevereiro) e da Conversão de S. Paulo (25 de Janeiro).
Usa-se a cor vermelha no Domingo da Paixão (ou de Ramos) e na Sexta-Feira da Semana Santa, no Domingo do Pentecostes, nas celebrações da Paixão do Senhor, nas festas natalícias dos Apóstolos e Evangelistas e nas celebrações dos Santos Mártires. Usa-se a cor verde nos Ofícios e Missas do Tempo Comum. Usa-se a cor roxa no Tempo do Advento e da Quaresma. Pode usar-se também nos Ofícios e Missas de defuntos.
A cor preta pode usar-se, onde for costume, nas Missas de defuntos. A cor de rosa pode usar-se, onde for costume, nos Domingos Gaudete (III do Advento) e Laetare (IV da Quaresma).
Em relação a algumas particularidades, pode-se entender que nos dias mais solenes podem usar-se paramentos festivos ou mais nobres, ainda que não sejam da cor do dia. Como falado anteriormente, as Conferências Episcopais podem, no que respeita às cores litúrgicas, determinar e propor à Sé Apostólica as adaptações que entenderem mais conformes com as necessidades e a mentalidade dos povos.
E, por fim, é de extrema importância o entendimento mínimo sobre a diferença das cores que, como foi dito, também são sinais que se comunicam a nós, que participamos da celebração. Quando esse entendimento acontece, vive-se melhor a Liturgia, podendo-se localizar na devida celebração com mais facilidade. A Igreja é Mãe e, como Mãe, sempre está ensinando os seus filhos.
Espero que este artigo tenha ajudado a você, e que crie um maior desejo de conhecer a nossa Igreja. Que Deus abençoe você!
Fábio Nunes
Seminarista da Canção Nova
Fonte:
INTRODUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO. 5 ed. Trad. Antonio Francisco Lelo. São Paulo: Paulinas, 2012.
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