CINCO ANOS DO JUBILEU

O Rosto da Misericórdia

Um anúncio durante a celebração penitencial na Basílica de São Pedro, em 2015, encheu o coração dos fiéis de alegria e de expectativa. Durante a homilia, Francisco afirmou: “Queridos irmãos, pensei em como a Igreja pode tornar mais evidente a sua missão de ser testemunha da Misericórdia. É um caminho que se inicia com uma conversão espiritual. Por isso, decidi realizar um Jubileu extraordinário que tenha no centro a Misericórdia de Deus”. Assim o pontífice anunciou o Ano Santo da Misericórdia, que tinha como tema ‘Sejais misericordiosos como o Pai’ (Lc 6, 36)”. 

Abertura da Porta Santa da Misericórdia no Santuário do Pai das Misericórdias, em 2015, por ocasião do Jubileu / Foto: Daniel Mafra

O Jubileu aconteceu em 2016, há cinco anos. Mas podemos recordar algumas das principais orientações dadas pelo Papa na Bula de Instituição deste Ano Santo. Ela continua uma fonte atual sobre a experiência com o Pai das Misericórdias. 

Francisco começa este pequeno documento afirmando que “Jesus Cristo é o rosto da Misericórdia do Pai. Com a sua palavra, os seus gestos e toda a sua pessoa, Jesus de Nazaré revela a misericórdia de Deus”. E explica que este Amor do Pai “não é uma ideia abstrata, mas uma realidade concreta, pela qual Ele revela o seu amor como o de um pai e de uma mãe que se comovem pelo próprio filho até ao mais íntimo do ser”.

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No documento que instituiu o Ano Santo, Francisco fala da presença do Deus Misericordioso na História de Salvação, indicando passagens que mostram esta identidade de Deus do Antigo ao Novo Testamento. E afirma que “o homem – não só na história, mas também pela eternidade – estará sempre sob o olhar Misericordioso do Pai”.

Mas, na carta, o Papa também aponta uma outra face desta experiência com a Misericórdia, explicando que ela “não é apenas o agir do Pai, mas torna-se o critério para identificar quem são os seus verdadeiros filhos. Ou seja, somos chamados a viver de misericórdia, porque, primeiro, foi usada Misericórdia para conosco”.

“O homem – não só na história, mas também pela eternidade – estará sempre sob o olhar Misericordioso do Pai”.

E já que estamos nos recordando das riquezas do Ano Santo da Misericórdia, não poderíamos deixar de fora uma das grandes graças vividas também por quem esteve no Santuário do Pai das Misericórdias: a Porta Santa. Na Bula “O Rosto do Pai”, o Pontífice definiu que, além das tradicionais portas santas das basílicas papais, em Roma, os fiéis do mundo inteiro teriam também acesso a esta graça em suas dioceses, tendo a Porta Santa nas Catedrais. E acrescentou o Papa: “a mesma poderá ser aberta também nos Santuários, meta de muitos peregrinos que, frequentemente, nestes lugares sagrados, sentem-se tocados no coração pela graça e encontram o caminho da conversão.” E assim, no Santuário do Pai das Misericórdias, em unidade com a Igreja de todo o mundo, viveu-se o pedido feito pelo Santo Padre de que, ao entrar pela Porta da Misericórdia, todos experimentassem o Amor de Deus que consola, perdoa e dá esperança. 

Lízia Costa
Missionária da Comunidade Canção Nova desde 2011. Jornalista e atua no Setor de Comunicação do Santuário do Pai das Misericórdias.

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