SINAL DE AMOR

Sagrada Família, modelo e referência para todo lar cristão

Que as famílias comecem e terminem sabendo aonde vai

A família no projeto de Deus é uma bênção! É um maravilhoso dom para a humanidade. O Sacramento do Matrimônio e a família são tão importantes aos olhos de Deus, que foi o berço escolhido pelo Pai, para que o seu Filho Jesus viesse ao mudo, para assumir a nossa humanidade e reconciliar-nos com Deus.

A família, no plano de Deus, é tão importante que, ao criar-nos, Deus nos fez a sua imagem e semelhança (Gn. 1,26). E eis a razão pela qual a família é tão atacada: porque somos obras-primas de Deus. E você sabe! Obra-prima é a mais bela obra, é a principal obra de um artista, principal obra de um criador. Foi por essa razão que o Papa João Paulo II, hoje, São João Paulo II afirmou: “Como o demônio não pode nada contra Deus, ele ataca a principal criação de Deus.” E é por isso que a família é tão atacada nos dias de hoje: porque somos obras-primas do Criador.

Não podemos tratar o matrimônio como se fosse algo sem valor ou sem importância. Não podemos iniciar um casamento com o pensamento de que “se não der certo, eu separo e, quem sabe, me caso de novo”. Não deve ser assim. O matrimônio e a família são a mais antiga instituição criada por Deus e não pode ser banalizada e esvaziada de sentido e valor. Precisamos entender que o compromisso firmado no altar e a aliança que firmamos não é somente com o conjugue, mas também um compromisso com Deus. Pois, para um cristão, afirmava São José Maria Escrivá: “O matrimônio não é uma simples instituição social, e, menos ainda, um remédio para as fraquezas humanas: é uma autêntica vocação sobrenatural”.

O matrimônio não pode começar de qualquer jeito, pois não é um simples ajuntamento de pessoas. O matrimônio não é um ato ou um evento social, como, infelizmente, muitos querem fazer do casamento um show, uma apresentação, um faz de contas ou sei lá o quê. O matrimônio não pode ser um negócio ou um jogo de interesses com o fim de se dar bem, financeiramente falando. Não!

O cristão não pode se casar por casar ou simplesmente para não ficar só. Pois o casamento está inscrito na natureza do homem e da mulher, conforme assim Deus quis, mas não é uma instituição meramente humana. O matrimônio é uma instituição divina. Ele é, antes de tudo, um chamado de Deus, uma vocação para que, a exemplo da Sagrada Família, um conduza o outro ao céu, sendo, aqui na terra, um sinal do amor de Deus para o mundo.

No entanto, por não nos espelharmos na Família de Nazaré, acabaremos vivendo alguns contratempos que poderiam ser evitados. São muitas tribulações, crises, brigas, desentendimentos, traições, problemas na criação dos filhos, falta de diálogo, de partilha, de perdão e tantas outras situações que acabam com a harmonia conjugal. São situações que, se não forem cuidadas, aos poucos vão minando o amor e levando o casal à separação.

A grande tentação do mundo moderno é o que Papa Bento XVI chamou de relativismo. Como o próprio nome sugere, tudo se torna relativo, tudo deve se adaptar de acordo com as minhas conveniências. Hoje, vivemos um esvaziamento de tudo, pois tudo é relativo. E, infelizmente, com o matrimônio e a fé não é diferente. Acabamos vivendo um ateísmo prático, um relativismo da fé e da vida matrimonial, em que Deus se tornou um reservista. A triste realidade é que em muitos casamentos Jesus não está presente. Porém, não é porque ele não queira estar, mas porque o deixaram de lado. Até mesmo o amor se tornou relativo, e dizem que é eterno enquanto dura. Que triste engano!

O mundo moderno e doentio, a sociedade hedonista em que vivemos, têm banalizado o matrimônio, esvaziando-o de significado, de valor e sentido, fazendo com que seja cada vez mais crescente o número de separações, divórcios e uniões informais. Para estes, o casamento deixou de ser um compromisso duradouro. Entretanto, para nós cristãos, não deve ser assim.

O Catecismo da Igreja Católica, ao falar das famílias, afirma que “a família cristã é uma comunhão de pessoas, vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (CIC 2205). A família é reflexo da obra criadora do Pai e muito mais é a Família de Nazaré, modelo e referência para todo lar cristão.

Como dizia inicialmente, a família, no plano de Deus é uma bênção! É tão importante e tão bela, que até mesmo Jesus nasceu em uma. E isso revela o seu valor, de modo particular, para aqueles que iniciam uma vida conjugal. Jesus veio ao mundo no seio de uma família: a Sagrada Família. Portanto, que as famílias não comecem de qualquer jeito, mas tenham consciência do seu valor e de sua vocação aos olhos de Deus: ser sinal do amor de Deus para o mundo.

Que a Sagrada Família interceda por nós e, de modo especial, nos inspire e a viver, em família, os planos de Deus para nós.

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