Viver na fé, animados no Espírito
Enquanto meus órgãos tendem para a morte, o Espírito Santo me enche de vida. Estou repleto de uma vida cheia de energia, porque essa vida vem de Deus e, por ser divina, leva-me cada vez mais para cima.
Isso não quer dizer que eu não passe por sofrimentos, dificuldades e problemas. A nossa vida na Canção Nova é um aperto, uma tensão contínua. Como Eto (Wellington Silva Jardim), meu amigo e companheiro de missão, gosta de dizer, nós vivemos resolvendo problemas: econômicos, de pessoas, de situações, da comunidade, da televisão, da rádio.
Os problemas não são para nos matar e nos deixar, desculpe o erro de português, “matados”. Esse erro é proposital, para você compreender que os problemas não podem ser responsáveis por nossa morte, e nós não podemos nos permitir continuar mortos por causa deles.
Nós carregamos no nosso corpo, na nossa alma, e no nosso coração os traços da morte de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nós. Infelizmente, o mundo moderno ensinou-nos a fugir dos problemas, a nos “encorujarmos” diante deles. A vida atual tornou-se uma fábrica, uma indústria de problemas, e o demônio percebeu que os cristãos murcham diante deles. É preciso fazer justamente o contrário: viver na fé, animados no Espírito.
Leia mais:
:: O que é Catecismo da Igreja Católica?
:: Humildade é sinal de fraqueza?
:: A Segunda Vinda de Jesus
Portanto, se a tribulação é momentânea e ligeira, não pare nela. Não pare nunca nela, porque a insignificância de uma tribulação momentânea acarreta para nós um volume incomensurável e eterno de glória. Incomensurável quer dizer que não dá para medir, é imenso. “Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos em apuros, mas não desesperançados” (2Cor 4,8).
Monsenhor Jonas Abib,
Fundador da Comunidade Canção Nova, presidente da Fundação João Paulo II, mantenedora do Sistema Canção Nova de Comunicação, em Cachoeira Paulista (SP) e reitor do Santuário do Pai das Misericórdias.