FORMAÇÃO

Como viver a fé pascal?

A vida cristã é marcada pelo itinerário da fé

E a fé professada, na liturgia pascal, mostra-nos que a morte não é o fim, pois Jesus, o Crucificado, ressuscitou! A vida doada de Cristo manifesta a sua missão de serviço e resgate da humanidade. Na cruz, contemplamos o seu amor levado até o fim; e, na ressurreição, o seu amor vivente e glorioso, que é a verdade culminante da nossa fé.

“Se Cristo não ressuscitou, então, a nossa pregação é vã e também é vã a vossa fé.” (1Cor 15, 14)

O cristão é convidado a viver a fé pascal. Aderir ao amor e seguir o Ressuscitado, escapando dos laços da morte, que é o pecado. O seguimento é desafiador e exigente. Todavia, Jesus ressuscitado traz nas mãos, nos pés e no peito as marcas das chagas que são as provas perene do seu amor por nós.

Foto: Cathopic by @hvanesagj

Neste sentido, o Papa Francisco afirmou que:

“Quem sofre uma provação dura, no corpo e no espírito, pode encontrar refúgio nestas chagas, receber através delas a graça da esperança que não decepciona.”

Um discurso sem sofrimento e sem cruz é ilusão. Jesus é fiel ao Pai e ao seu desígnio de salvação. Jesus crucificado é, muitas vezes, esquecido, mas, para chegar à vitória da ressurreição, é preciso percorrer o caminho do mestre. Quanto mais prontamente abrir o coração para a cruz, tanto mais Deus pode ancorar nele a marca da vitória.

Na páscoa de Jesus Cristo, somos mais que vencedores, porque o Pai O exaltou e, agora, Ele vive eternamente

Portanto, o discípulo encontra forças na fé e caminha confiante no amor do Ressuscitado em qualquer situação da sua vida. “Eu sou a ressurreição. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11,25). A fé pascal faz o cristão abraçar a paz. Jesus confere a sua paz, que não é a do mundo.

O Papa Francisco ensina que “a paz do Senhor é ocupar-se do próximo”. De fato, Ele carregou nosso pecado e, por suas feridas, somos curados (cf. 1 Pd 2, 24). O seguidor do Ressuscitado constrói a paz nas famílias e no mundo, para isso, utiliza da oração, do perdão e do amor gratuito para refletir a paz de Deus. “Que todos sejam um só (…) em nós [para que] o mundo creia” (Jo 17,21): foi o que Jesus pediu ao Pai. Portanto, é essencial não perder o ideal do amor fraterno.

Professar a fé na ressurreição de Jesus é aceitar seu amor e caminho de salvação, ter diante dos olhos a sua promessa de vida eterna e promover a paz. Assim, no Ressuscitado pode-se saborear as maravilhas do mundo vindouro, que já está presente misteriosamente na Igreja. Viver a fé pascal é assumir a esperança que “o que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração do homem não percebeu, isso Deus preparou para aqueles que o amam” (1Cor 2,9). No fim, o cristão fiel contemplará a glória de Deus, e a Virgem Imaculada é sinal dessa esperança segura e de consolação para o povo peregrino de Deus (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 972).

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