Santidade e alegria, duas obras maravilhosas, próprias e características de Deus na humanidade, primeiro a santidade é obra de cooperação do ser humano com Deus a partir do esforço contínuo em corrigir-se de suas faltas e atender ao chamado de Deus “Sede santos para mim, porque eu, o Senhor, sou santo, e vos separei dos outros povos para serdes santos” (Lv 20,26).
A santidade é sempre o fruto gerado em nós pela ação do Espírito Santo, mas, para este fruto ser gerado em nossa alma, é preciso corresponder a esse chamado de Deus, aceitar a separação que o próprio Deus fez e da qual será fonte de alegria. Mas veja bem, a santidade não chegará até nós sem esforço, é preciso perceber que, em uma sociedade como a nossa, que o anormal e absurdo parece ser normal e onde o pecado é regra na vida de muita gente, a santidade será desafiadora, mas, ao mesmo tempo, possível se você não se preocupar em “perder para ganhar” essa santidade que Deus imprimirá em seu caráter, em sua alma e que fará parte do seu agir.
Santidade não é como os itens de supermercado que se escolhe o que quer, a santidade é, antes de tudo, aceitação da vontade de Deus, de viver como separado, escolhido, e de aceitar o que comporta uma vida de santidade. A frustação de muitas pessoas é, na maioria das vezes, o apego que elas têm a alguns hábitos que não desejam largar para abraçar o novo de Deus, por isso vivem uma tristeza aguda e profunda, porque ainda não reconhecem que, em seu interior, há um desejo de alegria, que é fruto do Espírito Santo. Só experimenta verdadeira alegria quem se deixa habitar pelo Espírito Santo, é fruto de sua ação em nós. Mas volto a repetir, é preciso nossa cooperação com o Espírito Santo para que nossas ações e esforços em corresponder ao chamado de Deus gere alegria em nosso coração.
Para isso precisamos lançar mão de tudo aquilo que a Igreja nos apresenta e dispõe como forma de alcançar a santidade e alegria, seja por meio da oração, da leitura da Sagrada Escritura, das normas emanadas pelo Magistério da Igreja, conhecendo a vida dos santos, o que escreveram, como foi a vida deles e assim por diante. Parados, não chegaremos a lugar nenhum. Precisamos nos movimentar em direção ao que Deus tem para nós. Quando se quer, com Deus se alcança santidade e alegria. Que seja o meu e seu sim, sim! E o meu e o seu não, não!
Não há santo triste, porque a tristeza não combina com quem realmente busca fazer a vontade de Deus. Mesmo que, no início, pareça difícil por ainda não conseguir compreender e assimilar por completo devido a nossa fraqueza, falta de conhecimento e de intimidade com aquele que desejamos servir, a cada passo e etapa que superamos a alegria sempre mais invadirá o coração de quem busca fazer a vontade de Deus. Se o Apostolo Paulo, em Filipenses 4, nos exorta a alegrar-se no Senhor, não percamos tempo nos alegrando em outras coisas que não sejam as coisas do Senhor Deus.
Deus abençoe você!