FESTA DA IMACULADA CONCEIÇÃO

Viva Nossa Senhora Aparecida!

A história da salvação começa nas origens da Criação da humanidade. Deus cria o homem e a mulher e os coloca em um jardim. Ambos gozavam de integridade e liberdade. Quando pecaram, o Criador estabeleceu inimizade entre a descendência da mulher e a descendência da serpente, e a descendência da mulher lhe esmagaria a cabeça. Ali, o Criador já declarou a vitória sobre o pecado e já estabeleceu aquela que seria a Nova Eva, pois a primeira havia pecado e seus filhos herdariam sua marca, mas aquela que concebida sem pecado gera o homem sem pecado que esmagou a cabeça da serpente infernal com sua oferta livre e obediente a Deus. Esse homem é o verbo de Deus feito carne, chamado filho do Altíssimo.

“Na caminhada histórica da Igreja, constatamos essa presença forte da Virgem Maria.” | Foto: Larissa Ferreira

O povo de Deus aguardava a vinda do Messias e os profetas falavam de uma virgem que conceberia o Messias, e quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o Anjo Gabriel para anunciar a Virgem Maria, e ele a dirige com a saudação: “Salve cheia de graça, o Senhor é contigo”. Com esta saudação e anúncio da encarnação do verbo, surge a nova Eva e o novo Adão. O Verbo encarnado impede a Virgem Maria do Pecado original, tornando-a Cheia de Graça para gerar o homem sem pecado, e assim realizar, segundo a vontade de Deus, a salvação de toda a humanidade, conforme o rito pelos pecados no templo, um cordeiro sem mancha e sem defeito, que é oferecido para remissão dos pecados.

A comunidade cristã, desde os tempos dos apóstolos, tem essa grande veneração pela mãe do Divino Salvador. Encontramos, nas catacumbas, escritos sobre a Virgem Maria. Jesus deu a Sua Mãe ao discípulo e o discípulo a Sua Mãe. Essa pertença fez a Igreja caminhar, todos esses milênios, sem perder sua identidade crista, pois a maternidade de Maria a fez cuidar dos filhos redimidos no Sangue do Divino Redentor.

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Na caminhada histórica da Igreja, constatamos essa presença forte da Virgem Maria. E quando olhamos para Aparecida, vemos a singeleza de sua maternidade nas expressões de simplicidade e fé daqueles pescadores. Bastou isso para que se desencadeasse todos os acontecimentos salvíficos neste Santuário. Na época do encontro da imagem, a situação do povo não era muito boa em razão da época colonial; havia exploração de escravos, senhores de escravos, comerciantes e aproveitadores, e, em consequência, muita pobreza. Em razão desta fragilidade, a Virgem se faz aparecer naquela pequenina imagem, salva das águas do Rio Paraíba, como que recordando aos filhos seus, como disse a Ruan Diego em Guadalupe: “Não estou eu aqui que sou sua Mãe? Naquele momento, a fé dos três pescadores foram revigoradas e o milagre aconteceu – primeiro, a fé; depois, o sinal, o milagre. Assim como Jesus fazia com as pessoas que vinham a ele: “Crês no filho do homem?”. Em seguida, a resposta de fé, o sinal milagroso.

Hoje, contemplamos esse belíssimo Santuário, que traz a história da presença de Deus nesta nação. Terra de Santa Cruz, casa de Maria, a Rainha e Padroeira deste imenso Brasil.

E foi próximo a este Santuário de Aparecida que Deus suscitou, no coração de um jovem padre salesiano, padre Jonas Abib, a fundação de uma comunidade que congregasse homens e mulheres, casados e solteiros, sacerdotes e celibatários, numa obra de Evangelização, onde seus membros, tendo feito a experiência do encontro pessoal com Jesus, pudessem anunciar, com suas vidas, esse Jesus, e levasse as pessoas a terem um encontro pessoal com Ele. Assim, com uma vida nova e santa, preparar um povo bem disposto para a vinda do Senhor Jesus. Esta obra fundada traz consigo, do fundo do coração de seu fundador, a grande Devoção a Virgem Maria, invocado pela família salesiana como Nossa Senhora Auxiliadora. Padre Jonas consagrou a obra Canção Nova a Virgem Maria. Ele diz: “Aqui é ela quem tudo faz”. Por isso temos carinhosamente a Virgem Maria como Nossa Patrona. Foi Deus quem quis assim para a Canção Nova, a Casa de Maria.

Quero terminar esse artigo fazendo memória a um Papa muito devoto da Virgem Maria, que marcou minha vida pessoal e, principalmente, a Canção Nova; e trabalhou em todo seu pontificado pela evangelização dos povos. Hoje, ele é o Santo São João Paulo II. Em razão de sua visita ao Brasil, em 1988, veio a Aparecida e fez uma homilia onde ressaltou o refrão de um hino a Virgem Aparecida.

Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida.

Viva a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida.

Glorifiquemos a Deus por Suas obras maravilhosas. Saudemos, com alegria, a Bem-aventurada Virgem Maria, que nos trouxe o grande Salvador, Jesus Cristo.

VIVA NOSSA SENHORA APARECIDA, RAINHA E PADROEIRA DO BRASIL!

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