7º Domingo TC | "Sede Santos"

7º Domingo do Tempo Comum
Lv 19,1-2.17-18; Sl 102; 1Cor 3,16-23; Mt 5,38-48

“Sede perfeitos como o vosso Pai Celeste é perfeito”

“A liturgia de hoje é um forte apelo a santidade. A santidade não é apenas para papas, sacerdotes ou para os Santos já canonizados pela Igreja. A santidade é para todos, homens e mulheres, crianças e adultos, jovens e velhos. Todos nós somos chamados a sermos santos: “sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (Lv 19,2b). Podemos ver que o próprio Senhor ordena a Moisés a falar para todo povo de Israel, sem distinção; desde o sacerdote até os leigos, homens e mulheres, jovens e idosos.

Para chegarmos a santidade desejada por Deus, ou seja, a ser santos como Deus é santo, todos nós, batizados, somos convidados a amar como Deus nos ama, sem distinção. São Paulo diz-nos: ‘Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação’ (1Ts 4, 3). Jesus nos convida a viver a caridade para além dos juízos humanos. Devemos fazer o bem a todos. Mas isso na realidade em que vivemos hoje nem sempre é fácil, pois vivemos em um mundo onde reina o individualismo e a competitividade, onde as pessoas vão perdendo o senso do amor, pois deturparam o verdadeiro sentido do amor. Com isso vão perdendo o respeito para com as coisas sagradas e para com os irmãos, vivemos em uma sociedade onde muitos já não sabem mais perdoar, desta forma vão se afastando cada vez mais de Deus. Por isso o Senhor insiste e nos chama a santidade todos os dias. ‘Sede perfeitos como o vosso Pai Celeste é perfeito’ (Mt 5, 48). Está certo, que é impossível que a criatura alcance a perfeição de Deus. Mas todo batizado deve buscar e almejar, ou seja, buscar as coisas do alto, olhar para a santidade de Deus e seguir os exemplos de Cristo. O chamado que Deus nos faz hoje à santidade não é uma mera sugestão, mas sim um mandamento de Jesus Cristo.

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Para que a santidade não seja apenas um sonho, precisamos buscar um contínuo processo de conversão, que elimine do nosso coração as raízes do mal, responsáveis pelo egoísmo, pelo ódio, pela injustiça, pela exploração.
Portanto, nos questionemos, façamos um bom exame de consciência. O que tem ocupado minha vida? A sabedoria de Deus que é amor, dom e vida, ou a sabedoria do mundo, que é luta sem regras pelo poder, pela influência, pelo reconhecimento social, pelo bem estar econômico, pelos bens perecíveis e secundários?
No Evangelho de hoje, Jesus propõem aos discípulos e a nós, de forma muito concreta, a sua Lei da santidade, ou seja, a lei do amor, pois, o amor verdadeiro não marginaliza nem discrimina ninguém (nem mesmo os inimigos). Como filhos do amor, seguidores de Jesus, temos que fazer a diferença no mundo, amar também aqueles que não nos quer bem, se amarmos somente as pessoas que nos ama, que diferença faremos?

“A nossa resposta é o amor”

Nos deparamos em um grande desafio: ‘amar os nossos inimigos’! Mas como tornar isso possível, se estamos sempre prontos para buscarmos a vingança ou excluir nossos inimigos de nossas vidas? Jesus nos mostra que a resposta é o amor, ou seja: Ele nos exorta a fazer o bem a quem nos fez o mal!
A nossa meta é ter Deus Pai como modelo de vida e imitá-lo. Ser cada vez mais parecidos com Ele. Jesus é a ‘imagem de Deus invisível’. Portanto Imitar a Deus é imitar a Jesus, nosso caminho, verdade e vida. Quem pensa que já alcançou esta meta, é sinal que está bem longe dela, porque o amor de Deus é infinito. ‘Sede perfeitos como vosso Pai Celeste é perfeito’. Com estas palavras, Jesus nos convida a ser santo!
O caminho da Santidade não é fácil, pois nele está presente a cruz e o grande desafio de amar nossos inimigos! Mas não é impossível! Os santos experimentaram isso, por isto, chegaram à perfeição! O amor é a presença de Deus em nós, e se Deus é amor, quem vive em Deus vive no amor e está no caminho da santidade.”

 

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Padre Leandro Paulo Couto, Comunidade Canção Nova

 

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