Padre Márcio

Não roubar a glória de Deus

2ª feira 5ª Semana da Páscoa

Liturgia: At 14,5-18; Sl 113b; Jo 14,21-26;

Jesus declarou no Evangelho: “Quem acolhe os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai”,  e ainda: “Eu o amarei e me manifestarei a ele”. A promessa feita pelo Cristo aos discípulos era para que guardassem os Seus mandamentos, afinal, Deus habita naquele que Lhe obedece. Deus habita no obediente e ainda se manifesta nele.

Na vida dos apóstolos, percebemos que a promessa de Jesus se realizou, pois eles observavam os mandamentos do Senhor, e a graça do Pai, realmente, emanava da vida deles. Foram capazes de vários prodígios, porque eram fiéis ao Cristo.

não roubar a glória de Deus

Créditos: Ivan Bliznetsov by Getty Images

Na passagem dos Atos dos Apóstolos, Paulo e Barnabé estão em Icônio, e lá quase foram apedrejados, por isso fugiram para Licaônica. Ao fugir, eles se calaram? Não. Na outra cidade, anunciavam a Palavra de Deus. A missão não parava, tanto é que, ao verem um coxo de nascença em Listra, que viu a pregação de Paulo, este viu a fé do homem e o chamou: “Levanta-te direito sobre teus pés”, e assim o homem foi curado.

Os apóstolos seguiram o “método de Jesus”. Dá certo gente: primeiro, o anúncio da Palavra; depois, o milagre. Como a população daquela região estava acostumada com outros deuses, logo pensaram que Barnabé e Paulo eram divindades que haviam descido do céu, Júpiter e Mercúrio. Inclusive, alguns sacerdotes de Júpiter queriam oferecer homenagens e sacrifícios a eles. Paulo e Barnabé, é claro, acharam um absurdo, pois sabiam muito bem que havia sido obra de Deus aquela cura.

:: O nosso coração está em Deus

Por fim, com muito custo, os apóstolos convenceram aquele povo a não oferecer sacrifícios a eles. Mais uma vez, os apóstolos mostraram maturidade, pois estavam “apenas” obedecendo a Deus, não se deixaram levar pela tentação da bajulação e do oportunismo da fama. Com certeza, eles puderam salmodiar com muita propriedade. “Não a nós, não a nós, ao vosso nome, porém, seja glória”, a Deus a glória. E, assim, aproveitaram a situação para apontar para Aquele que fez a obra: Deus. É isso que o Senhor deseja de nós, que guardemos seus mandamentos e, ao realizarmos alguma obra, estejamos atentos, pois não fomos nós que fizemos, Ele fez e faz sempre, “a Ele a glória!”

Pai das Misericórdias e Deus de toda consolação, ouvi-nos!

Padre Márcio Prado
Vice-reitor do Santuário do Pai das Misericórdias

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