Liturgia: Atos 8,26-40; Sl 65; Jo 6,44-51;
O apóstolo Filipe continuou a missão de evangelizar, os sinais do Senhor acompanhavam esse servo de Deus. Um anjo lhe disse para descer de Jerusalém para Gaza, no caminho viu um carro com um eunuco que havia peregrinado em Jerusalém.
O eunuco foi à Terra Santa, porém, ele não fez uma experiência com Jesus. Quantas vezes vamos para lugares santos, igrejas e temos até contato com histórias belas, mas não surtem efeitos em nossa vida? Bom, se aquele homem não havia feito uma experiência com Jesus, ainda bem que Filipe, dócil ao Espírito Santo, se aproximou do homem e lhe perguntou se entendia o que estava lendo.
O homem lia um trecho do profeta Isaías que falava a respeito do Messias levado ao matadouro. Como ele não entendia Filipe lhe explicou, e, foi assim, evangelizado que o eunuco pediu o batismo. O Cristo o conquistou, a Palavra explicada foi experienciada e o eunuco quis fazer parte da família de Jesus.
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Que o Senhor nos dê a graça de estarmos sempre em missão, de ousarmos em nos aproximar de pessoas que precisam ser evangelizadas. Que a Palavra, que já faz parte de nossa vida, possa ser traduzida a tantos que estão cegos e surdos, pois ainda não viram e ouviram o Salvador que fala e que falará através de você e através de mim.
Pão da Vida
No Evangelho, Jesus continua a falar dele como o Pão da Vida. Sem dúvida, a Eucaristia é o alimento que sustenta a caminhada cristã, é e será sempre pela Eucaristia que vamos conseguir evangelizar, nos alimentar e ser alimento uns para os outros.
“E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”.
Quem crê em Jesus, o Pão da Vida, terá a vida eterna, quem comer d’Ele viverá eternamente; e finalizou no Evangelho de hoje: “E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”.
Não é a toa que nós, católicos, amamos a Eucaristia, adoramos e sentimos tanta falta de recebê-La. Quem é católico mesmo sente muito de não poder receber e deve se esforçar para entender este tempo que estamos vivendo. Mas iremos logo voltar a participar das Missas, sim, vamos voltar a fazer a comunhão sacramental.
Porém, precisamos entender que não basta receber Jesus de maneira literal, pois precisamos ser, como Jesus, “alimento para vida do mundo”. Não podemos ser alimento que dá indigestão no outro, e sim alimento de vida. Assim a Eucaristia precisa gerar em nós conversão, não basta que Ele esteja em nossa boca, se não consegue chegar no coração.
Daqui a alguns dias vamos voltar a recebê-Lo, sim, mas, desde já, na dor que vivemos, precisamos nos comprometer a viver a Eucaristia, ou seja, viver santamente, viver para os outros e a ser alimento para os outros.
Padre Márcio Prado
Vice-reitor do Santuário do Pai das Misericórdias